Empresas se antecipam
Novamente estão começando a espalhar a palha seca nas principais rodovias do nosso país. Daí, uma centelha e já pega fogo, espalha-se, e a balbúrdia e irresponsabilidade de alguns vira um problemão de difícil e cara solução. Longe de mim tachar os caminhoneiros autônomos de grevistas ou baderneiros dos acostamentos, eles são uma preciosa contribuição para o desenvolvimento do País, sem eles não chegariam aos rincões do Brasil o alimento, o combustível, enfim, tudo o necessário para o bem-estar dos cidadãos. Mas olhando de fora essa nova tentativa de bloquear as rodovias, tenho a convicção de que estão atirando nos próprios pés. Seus representantes formais ou informais – sejam lá o que forem – já deveriam ter percebido que as grandes, médias e até as pequenas transportadoras já se estão remodelando e adequando com novas frotas, inaugurando novos pontos de logística, aumentando seu poder de abiscoitar os valiosos fretes de toda a linha produtora brasileira. A cada caminhão novo na estrada, menos um autônomo, mais um desempregado, em tese. Essa nova situação do modal rodoviário, com todas as implicações técnicas, legais e jurídicas, vai impactar negativamente a vida dos caminhoneiros: não está muito distante o dia em que as demais empresas terão veículos próprios para suprir suas necessidades. E o filão do frete tabelado estará findo para os nossos bravos autônomos. Quem viver verá.
ALOISIO ARRUDA DE LUCCA aloisiodelucca@yahoo.com.br Limeira