Mesmo com sangue novo, as qualidades de sempre
época do lançamento no Brasil, a ferramenta já consiga “falar” português.
Entre as novidades do Série 3 estão instrumentos virtuais (uma tela configurável de 12,3 polegadas), faróis a laser (não ofuscam quem vem no sentido contrário) e assistente de estacionamento reverso (o sedã manobra sozinho em marcha a ré; o motorista só precisa controlar os pedais).
Há ainda um recurso que orienta a trajetória do veículo em passagens estreitas e outro que transforma o smartphone em chave digital para abrir as portas e ligar o motor. Alguns itens são opcionais e a BMW ainda não definiu quais estarão disponíveis no Brasil.
Por fora e por dentro, o Série 3 recebeu atualizações de estilo. Os faróis ganharam um “dente” na parte inferior, as linhas da grade dianteira foram arredondadas e as entradas de ar cresceram. Atrás, as lanternas são escurecidas e em forma de bumerangue.
Os comandos foram agrupados em ilhas, deixando mais enxuto o visual do painel e do console central. O acabamento inclui bancos de couro e cintos de segurança com costuras nas cores da divisão esportiva M (na versão avaliada, 330i).
O aumento de todas as dimensões (7,6 centímetros no comprimento e 4,1 cm no entre-eixos) deu ao sedã um ar mais parrudo e aprimorou o conforto. Há mais espaço para os ombros de quem viaja na frente e para as pernas dos ocupantes do banco de trás. Um passageiro mais distraído pode até se sentir em um Série 5.
O comportamento dinâmico continua sendo um dos pontos fortes do Série 3. O carro “veste” o motorista como poucos. A direção tem respostas muito diretas e o sedã alemão gruda no chão em curvas, favorecido pelo centro de gravidade mais baixo e pela firmeza da suspensão adaptativa.
Para-brisa e vidros das portas dianteiras têm isolamento acústico, garantindo silêncio a bordo.
O sedã ganhou uma nova família de motores. Por ora, a gama tem duas opções a gasolina (320i e 330i) e duas a diesel (318d e 320d), todas são de 2 litros e quatro cilindros. Em 2019, virão uma opção híbrida do tipo plug-in (330e) e uma esportiva (M340i, com propulsor 3.0 de seis cilindros).
No lançamento no Brasil haverá apenas a 330i, inicialmente importada da Alemanha e depois fabricada em Araquari (SC). Nessa versão, o motor 2.0 gera 258 cv (ganho de 13 cv) e o câmbio é automático de oito velocidades. O torque máximo surge às 1.550 rpm.
Como a relação das primeiras marchas são curtas e o câmbio faz trocas rápidas, o carro arranca e retoma velocidade com muita esperteza. A boa disposição deixa claro que a sétima geração do Série 3 mantém o vigor de sempre – e isso é ótimo.
Nos modos Sport e Sport Plus, as marchas são trocadas em faixa de giro mais altas e a direção fica ainda mais justa. O sedã acelera de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos e chega a 250 km/h.
Se a condução é sempre prazerosa, com equilíbrio entre esportividade e requinte, é preciso ter certa paciência com o assistente virtual. Afinal, Isadora (ou o nome que se queira dar) ainda é um bebê e tem muito o que aprender.
Na unidade (de pré-série) avaliada, os comandos de voz funcionaram na base da tentativa e erro, com frases simples que tinham de ser pronunciadas em inglês pausado e castiço – e às vezes reformuladas. Até o lançamento comercial, em março, esperam-se melhoras no desempenho da ferramenta.