Candidato, Ramalho pede reajuste para deputados
Candidato à presidência da Câmara e atual vice-presidente da Casa, o deputado reeleito Fábio Ramalho (MDB-MG) defendeu ontem, ao falar na tribuna, o aumento de salário de parlamentares. “Nós precisamos que todos os deputados sejam reajustados como estão sendo reajustados todos os outros poderes”, disse o deputado.
Ramalho defende um aumento de 4% nos vencimentos dos deputados, o que elevaria os rendimentos mensais para R$ 39 mil. Segundo ele, houve um erro da mesa diretora da Câmara, que não fez a previsão desse aumento no orçamento da Casa neste ano.
“O diretor-geral da Casa fez um erro sobre a questão do CNE (Cargo de Natureza Especial – os comissionados). Temos de tomar uma posição e, se for o caso, até demiti-lo”, afirmou o parlamentar mineiro, dirigindo-se ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Deveríamos reunir a mesa diretora e tratar do aumento do salário de todos os deputados”, completou Ramalho. Maia disse apenas que iria analisar a questão.
Benefícios. Atualmente os deputados recebem salário de R$ 33,7 mil. Também têm direito a verba de gabinete para contratação de pessoal (de R$ 78 mil), auxílio-moradia (de R$ 3.800) e cota parlamentar (que varia de R$ 30,7 mil a R$ 45,6, dependendo do Estado de origem do parlamentar). Há ainda o “auxílio mudança”, previsto para início e fim de mandatos, cujo valor é equivalente a um salário e pode ser recebido em dobro por aqueles que foram reeleitos.
Em meio aos esforços para conter os gastos públicos e fazer o ajuste fiscal, o presidente Michel Temer sancionou no fim do mês passado o reajuste salarial de 16,38% para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Como o valor é considerado o teto do funcionalismo público, o reajuste pode incidir sobre outras categorias. O impacto estimado do reajuste dos vencimentos do Judiciário nas contas públicas é de cerca de R$ 4,1 bilhões.