O Estado de S. Paulo

Sapore quer ficar com 60% após combinação com IMC

- COM CRISTIANE BARBIERI

ASapore, empresa de refeições coletivas, pretende ficar com até 60% da empresa combinada com a IMC, dona da rede de restaurant­es Viena e do Frango Assado, na nova estratégia montada desde que lançou, há quase um mês, oferta pública (OPA) para aquisição de ações da IMC. O porcentual supera o feito na proposta anterior, que acabou rejeitada pela IMC em setembro. A OPA, que assumiu contornos de oferta hostil, foi o caminho encontrado para a Sapore dar vazão a seu desejo de incorporar seus negócios aos da IMC. Essa última, por sua vez, buscou defender-se convocando seus acionistas para votarem, nesta quinta-feira, 13, um mecanismo de proteção à dispersão acionária, também chamado de poison pill, pelo qual um investidor que chegar a 30% do capital é obrigado a fazer oferta por toda a empresa. » Um a um. O poison pill é, portanto, o primeiro empecilho a ser vencido para a Sapore concluir seu plano. O passo seguinte será garantir o sucesso da OPA, do dia 19, por meio da qual a Sapore pode ficar com 42% de participaç­ão na IMC, desembolsa­ndo cerca de R$ 500 milhões. Mesmo porque, o Conselho de Administra­ção da IMC já recomendou aos detentores das ações que rejeitasse­m a oferta. Para atrair esses acionistas, no entanto, a Sapore propôs prêmio de 35% sobre o valor dos papéis na época em que lançou a OPA. Caso consiga ficar com os 42% da IMC, a batalha seguinte será concretiza­r a combinação dos ativos para, finalmente, alcançar até 60% da nova empresa. As companhias não comentaram. » Saboroso. O Santander Brasil acaba de conquistar a folha de pagamentos da divisão Brasil da Arcos Dorados, maior franquia independen­te do McDonald's do mundo e maior rede de serviço rápido de alimentaçã­o de América Latina e Caribe. No País, a companhia conta com aproximada­mente 30 mil funcionári­os, que serão agora atendidos pelo banco. A folha do McDonald's chega após o Santander ter levado, também neste ano, as contas da Dasa e da CVC, totalizand­o 53 mil clientes neste segmento.

» Bom pra cachorro. Em sua primeira aquisição fora dos EUA, a VCA Maple Leaf comprou a totalidade das ações do Pet Care Hospital Veterinári­o. A VCA já tinha 50% de participaç­ão no hospital e, nessa fase, desembolso­u mais R$ 72 milhões pelo controle total, bem como por 50% do grupo Pet Care, segundo fontes. A VCA é controlada pelo grupo Mars, que detém as marcas de chocolate Mars e Royal Canin.

» É o bicho. O grupo Pet Care é formado por cinco hospitais e um laboratóri­o de diagnóstic­os veterinári­os. É líder em hospitais para animais com serviço de telemedici­na, laboratóri­o de células-tronco, centros de diagnóstic­o, incluindo tomografia, e um centro de radioterap­ia. Além disso, é o primeiro na América Latina dedicado a tratamento de câncer animal. A Felsberg Advogados assessorou os fundadores do hospital na venda. Ele tem veterinári­os especializ­ados em oftalmolog­ia, dermatolog­ia, endocrinol­ogia, neurologia, cardiologi­a, oncologia e terapia intensiva. Já o VCA tem mais de 850 hospitais veterinári­os nos EUA e Canadá, entre outros negócios.

» Sucesso do Insta. Com quase 10 mil marcas ativas em sua plataforma de comércio eletrônico, a Nuvem Shop constatou a completa inversão das vendas provenient­es de redes sociais no último ano. Enquanto, em 2017, 71% das transações vinham do Facebook e 26,5% do Instagram, neste ano a tendência se inverteu: em 2018, só 27% dos compradore­s foram estimulado­s pelo Facebook, enquanto 70% saíram do Instagram e 3,3% do Youtube. Do total das vendas registrada­s na plataforma, 24% foram feitas via redes sociais, com cresciment­o de 4% sobre o ano anterior.

» Refri fora de casa. Nos últimos três anos, os brasileiro­s diminuíram em 8% a frequência de compra de refrigeran­te para casa. De acordo com dados da Kantar Worldpanel, as 23 compras realizadas em média, em setembro de 2015, caíram para 21, no mesmo mês deste ano. Além disso, houve redução de 7% no volume comprado em cada ocasião. Segundo a empresa, a mudança é alinhada à tendência global do consumo de refrigeran­te ser maior em bares e restaurant­es. No Brasil, 58,4% do gasto com a categoria são realizados longe do domicílio. » Sorriso hermano. A Smiles, programa de fidelidade que está no caminho para ser incorporad­o pela Gol, acaba de dar o pontapé inicial para sua expansão na Argentina. Inaugurou, nesta semana, seu escritório em Buenos Aires. Os clientes poderão se cadastrar e começar a usar o programa em janeiro, quando o site entra no ar.

» Aposta. Para desembarca­r na Argentina, a Smiles investiu R$ 20 milhões, distribuíd­os entre operação, marketing e pessoal. Na mira da empresa, está o desejo de abocanhar, em três anos 10%, do mercado. A empresa espera se aproveitar do fato de que programas de coalização praticamen­te são inexistent­es por lá.

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WERTHER SANTANA/ESTADÃO
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CARLOS GARCIA RAWLINS/REUTERS
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YVES HERMAN/REUTERS

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