Mercado quer Guardia e Vescovi, mas terá de esperar
Integrantes da equipe econômica do presidente Michel Temer já estão sendo assediados pela iniciativa privada e, principalmente, por instituições financeiras, diante da proximidade do fim do governo atual. Tanto é que o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e também a secretária executiva da pasta, Ana Paula Vescovi, já fizeram consultas à Comissão de Ética sobre a necessidade de cumprirem quarenta após deixarem seus cargos. A resposta foi sim. Caso Guardia ou Ana Paula arrumem posições no mercado financeiro, terão de “ficar de repouso” por seis meses depois de cumprirem seus mandatos no Ministério da Fazenda. O caminho é natural, uma vez que, tradicionalmente, integrantes de equipes econômicas migram para o setor. Enquanto, de um lado, conseguem uma boa remuneração com o nome em alta, do outro agregam expertise com a passagem pelo balcão público. Conversas já estariam ocorrendo. Nenhum martelo, contudo, foi batido até aqui.
» Curriculum vitae.
Guardia, que tem carreira no setor público, estava na iniciativa privada antes de ir para a Fazenda, após convite do até então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ele ocupava cargo na diretoria executiva da BM&FBovespa, agora B3. Já Ana Paula pode estrear na iniciativa privada e no setor financeiro. Servidora efetiva do governo federal, sua trajetória foi essencialmente em cargos na iniciativa pública. Procurados, por meio do Ministério da Fazenda, Guardia e Ana Paula não comentaram.
» Banca.
O escritório Demarest Advogados tem nova marca e mais sete sócios desde sexta-feira, 14. Segundo Paulo Coelho da Rocha, diretor executivo do Demarest, as mudanças são apenas a parte mais visível no reposicionamento do escritório para os próximos anos, num cenário de crescimento do País. Em 2018, o Demarest abriu a porta para nove sócios no total, em áreas como fusões e aquisições, reestruturação, energia, comércio exterior, tributário, petróleo e gás e recuperação judicial.
» Crescimento.
Como parte do plano estratégico quinquenal, iniciado em 2015, o Demarest viu seu faturamento crescer pouco mais de 10% neste ano, em relação a 2017. Entre as iniciativas, esteve a mudança da operação em Nova York, que passou a contar com mais três associados e oferecer a prestação de serviços efetivos, em vez de ser apenas uma representação no exterior. Para o próximo ano, a expectativa do Demarest é de alta na receita em torno de 15%.
» Acobreado.
Para mudar a marca do escritório, que completou 70 anos em 2018, o Demarest passou por um amplo processo de branding. Como conclusão, ela perde a palavra “Advogados” e saem os tons de verde do logotipo, sendo substituídos pelo cobre. Para Rocha, a ideia foi criar uma imagem mais contemporânea, porém sólida e tradicional, ligada com o cliente e o mercado.
» Online.
As vendas do comércio eletrônico neste Natal crescerão 12% em relação ao do ano anterior, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Para a entidade, que representa as lojas virtuais no País, serão feitos 31 milhões de pedidos até 22 de dezembro, que devem movimentar R$ 9,4 bilhões. O tíquete médio das compras esperado é de R$ 296. De acordo com a ABComm, cerca de 30% das vendas da Black Friday foram feitas para consumidores que anteciparam as compras de Natal.
» Reaquecendo.
O terceiro trimestre de 2018 revelou um cenário de consolidação da trajetória de reaquecimento do mercado de edifícios corporativos de alto padrão em Alphaville, na Grande São Paulo. O setor fechou o período com absorção líquida - saldo da diferença entre áreas locadas e devolvidas - de 15 mil m², de acordo com dados da consultoria Colliers. Este foi o sétimo trimestre seguido no qual o indicador ficou no campo positivo. Com isso, os espaços vagos caíram de 28% no fim de junho para 23%, no fim de setembro. Já os aluguéis tiveram leve alta, passando de R$ 54/m² para R$ 55/m².
» Dinheiro a pequenas.
O Bradesco levantou US$ 300 milhões, pelo prazo de três anos, junto à International Finance Corporation (IFC), braço de investimentos do Banco Mundial. O objetivo é ampliar a carteira de crédito destinada às micro, pequenas e médias empresas inseridas dentro do conceito do programa de Arranjos Produtivos Locais (APLs). Tratam-se de grupos localizados em um mesmo território, com especialização produtiva, algum tipo de governança e vínculos de articulação.
» Presença.
O Bradesco participa do Grupo de Trabalho Permanente para Arranjos Produtivos Locais (GTP-APL). Atua em 423 APLs, estabelecidos em 1.543 municípios, cobrindo 57 setores da economia e atendendo a mais de 40 mil empresas em todo o País. O Bradesco encerrou setembro com uma carteira de crédito destinada a micro, pequenas e médias empresas de R$ 98,376 bilhões. O saldo é 8,3% maior que o visto um ano antes, em uma clara retomada desses grupos, um dos que mais sofreram com a recente crise no País.