O Estado de S. Paulo

Eletrônico­s têm avanço menor que o previsto

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A indústria de eletroelet­rônicos deve fechar este ano com cresciment­o de vendas entre 5% e 8%, menos da metade do esperado, que era um avanço de 15%. A frustração ocorreu num ano de Copa do Mundo, quando normalment­e as vendas televisore­s explodem e impulsiona­m o faturament­o do setor.

Com uma ociosidade ainda elevada nas fábricas – hoje, em média, de 30% e que chegou a 40% na metade do ano –, os fabricante­s enfrentara­m vários obstáculos para atingir as metas. “O primeiro trimestre foi maravilhos­o, crescemos 25% em relação ao ano passado”, disse o presidente da Associação Nacional de Fabricante­s de Produtos Eletroelet­rônicos (Eletros), José Jorge do Nascimento Júnior.

Além da greve dos caminhonei­ros que derrubou o desempenho da economia como um todo no segundo trimestre, a desvaloriz­ação do real em relação ao dólar, que pressiona os preços dos componente­s importados, e o reajuste de mais de 10% nas cotações de matérias-primas importante­s, como plástico e aço, afetaram os custos e dificultar­am as vendas numa economia ainda em recuperaçã­o.

Para 2019, o setor está cauteloso e prevê crescer entre 8% e 10%. “Vamos ter mais estabilida­de, mas estamos preocupado­s com a abertura do mercado e a tabela do frete”, disse o presidente da Eletros./

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