O Estado de S. Paulo

Walt nos bastidores do original, brigando com a autora do livro

Longa com Tom Hanks e Emma Thompson pode ser visto como ‘making of’ da produção clássica de 1964

- Luiz Carlos Merten

É uma das histórias célebres de Hollywood. Detentora dos direitos do musical My Fair Lady, a empresa produtora Warner investiu numa produção milionária de olho no Oscar. Contratou um grande diretor, George Cukor, o intérprete do papel do Professor Higgins na Broadway, Rex Harrison, mas, para Eliza, o estúdio achou arriscado investir numa novata como Julie Andrews, que fizera a personagem no palco. Audrey Hepburn foi chamada, o filme foi um grande sucesso, ganhou todos os Oscars a que tinha direito, menos o de atriz. Quem ficou com a estatueta foi a desprezada pela Warner, Julie Andrews, que se refizera da decepção aceitando o papel título de Mary Poppins na Disney.

Mistura de animação e live action, com canções como ChimChim-Cheree , Mary Poppins foi realizado por um homem de confiança de Walt Disney, Robert Stevenson. Resultou num clássico, um dos filmes mais prazerosos de Hollywood – tão prazeroso que fica difícil acreditar que, na verdade, quase todo o esforço esteve por um triz para não dar certo.

A produção foi tão tumultuada que daria filme – aliás, deu. Walt nos Bastidores de Mary Poppins,

com Tom Hanks no papel de Disney, tentando convencer a autora da história, Pamela Travers, de que o filme teria de ser feito nos moldes dele, não nos dela. Pamela, uma inglesa irritante, interpreta­da por Emma Thompson, fez valer seu ponto de vista. Vale rever o filme de John Lee Hancock como making of do

Mary Poppins original.

 ?? DISNEY ?? Nos bastidores. Filme com Walt Disney consagrou Poppins
DISNEY Nos bastidores. Filme com Walt Disney consagrou Poppins

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