São Paulo perde de 2 a 0 na Pré-Libertadores
Time brasileiro estreia na Libertadores com derrota por 2 a 0 para o Talleres, tem atleta expulso e precisará de vitória larga em casa para se classificar
O São Paulo estreou com dura derrota na Libertadores. Ontem à noite, o time brasileiro perdeu para o Talleres, na Argentina, por 2 a 0, em partida válida pela segunda fase. As equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, no Morumbi, com os argentinos jogando podendo perder por até um gol de diferença para se classificar.
Aos brasileiros, será necessário, no mínimo, devolver a vitória por 2 a 0 para levar a disputa para os pênaltis. Qualquer outro triunfo por dois gols de vantagem, se os argentinos fizerem um (3 a 1, 4 a 2, etc.), classifica o Talleres, pelo critério do gol fora. Para avançar diretamente no tempo normal, o São Paulo tem de ganhar com três gols a mais do que o rival.
“Não é fazer três gols, é fazer um gol atrás do outro. Vamos conseguir, porque, no meu modo de ver, nossa equipe é superior à deles”, disse Hernanes, tentando mostrar no discurso a força que o time não demonstrou ter com a bola nos pés.
Quem passar terá pela frente o vencedor do confronto entre Palestino, do Chile, e Independiente Medellín, da Colômbia. O ganhador deste último funil entrará no Grupo A, que tem o River Plate-ARG, além de Internacional e Alianza Lima-PER.
Pane. “Um resultado que a gente não esperava, até porque fizemos um bom primeiro tempo, o time estava concentrado. Até merecíamos, pelos perigos que criamos, sair ganhando. No segundo tempo, eles encontraram dois bons chutes. Mas nada acabou, tenho plena confiança de que faremos um grande jogo em casa e reverter o resultado.”
A análise de Hernanes sobre a partida foi, no mínimo, incompleta. De fato, o primeiro tempo se mostrou até surpreendente, dada a falta de atividade dos donos da casa, o que propiciou aos comandados de André Jardine construírem os lances ofensivos mais perigosos.
Já a etapa complementar não se limita a “dois bons chutes” do rival, apenas. Os 45 minutos finais mostraram tudo de ruim que a versão 2019 do time havia revelado nos testes da Florida Cup e do Paulistão: apatia dos 11 atletas em campo, falhas decisivas da defesa, inoperância dos homens de frente e interferências, no mínimo, questionáveis de Jardine, seja no posicionamento de algumas peças seja na escolha das substituições.
O técnico foi prejudicado com a expulsão de Hudson, a nove minutos do fim do jogo – o volante levou o segundo cartão amarelo após cometer falta por trás. Mas errou ao utilizar Nenê aberto como ponta direita, onde ele pouco pôde oferecer na armação, e ao tirá-lo do time depois do primeiro gol sofrido para colocar Diego Souza.
Depois, para tentar recompor a ausência de Hudson, sacou Hernanes e pôs Willian Farias. Com a equipe desorganizada taticamente, o segundo gol veio logo na sequência.