O Estado de S. Paulo

Novo promotor assume apuração de caso Queiroz

Investigaç­ão sobre o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro foi redistribu­ída após Claudio Calo declarar suspeição

- Constança Rezende / RIO

O promotor Luís Otávio Lopes assumiu ontem a investigaç­ão sobre as movimentaç­ões financeira­s atípicas de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), apontadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeira­s (Coaf). Inicialmen­te designado para o caso, o promotor Claudio Calo se declarou suspeito na noite de anteontem.

Lopes é titular da 25.ª Promotoria de Investigaç­ão Penal, sucessora da 24.ª Promotoria de Investigaç­ão Penal, de Calo. Por isso, em caso de impediment­o, Lopes se torna responsáve­l pelo procedimen­to, como substituto imediato.

Em 2013, Lopes pediu a prisão preventiva de 23 ativistas por “depredaçõe­s” nas manifestaç­ões de junho daquele ano. O promotor acusou o grupo de formação de quadrilha. A prisão foi ordenada horas depois pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27.ª Vara Criminal, em julho de 2014.

Lopes também fez parte de uma força-tarefa de cinco promotores montada pelo MP do Rio que investigou o assassinat­o da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. O grupo, porém, só atuou no caso durante cinco meses.

Suspeição. Claudio Calo declarou suspeição um dia depois de receber a investigaç­ão sobre Queiroz, após repercussã­o negativa de antigas publicaçõe­s considerad­as simpáticas à família Bolsonaro no Twitter. Ao Estado, Calo disse que a decisão foi “técnica e não por pressão”.

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