O Estado de S. Paulo

‘Vi tudo o que podia, mas a ideia não é imitar ninguém’

- CHAY SUEDE / Ator

Erasmo Carlos foi ator num dos grandes filmes brasileiro­s do ano passado – Paraíso Perdido, de Monique Gardenberg. É agora personagem em Minha Fama de Mau, interpreta­do por Chay Suede, que conta como foi criar o papel.

Erasmo lhe deu sua bênção?

Encontrei-o, e ele foi muito generoso, nem um pouco impositivo. O bacana do filme, para mim, é que, além da história da amizade, conta também a história do rock no Brasil, e o Erasmo foi peça fundamenta­l.

• Nem você nem Gabriel Leone nem Malu Rodrigues se assemelham aos biografado­s. Foi um desafio?

Acho que foi um risco que o Lui (Farias, diretor) resolveu correr, mas para a gente foi maravilhos­o. Vi tudo o que podia da época, os programas da Jovem Guarda, mas a ideia nunca foi imitar ninguém. O Lui nunca disse que eu teria de assumir os trejeitos, o comportame­nto, ou cantar como o Erasmo. Paras todos nós, foi muito mais uma coisa de penetrar ou preservar o espírito da época, de se cercar do universo que cercava aquela garotada.

Não foi intimidant­e interpreta­r um ícone?

Mas justamente ele não era um ícone, apenas um garoto da Tijuca cheio de sonhos que estava tomando porrada da realidade. Não creio que o Erasmo fosse virar um bandido, mas naquelas loucuras de juventude ele estava se moldando para formar com Roberto a dupla de grandes artistas.

Você tem um monte de filmes para estrear...

Tenho, filmes e séries, mas a prioridade é a casa. Estou me mudando de novo para São Paulo, construind­o a casa para ser um ninho acolhedor.

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