O Estado de S. Paulo

Rubro-negro tem a maior previsão de receitas do País

Clube estima que este ano terá uma entrada bruta de R$ 765 milhões; já gastou mais de R$ 100 milhões em contrataçõ­es

- Almir Leite

O Flamengo é o clube com maior previsão orçamentár­ia do futebol brasileiro para este ano. O orçamento, aprovado pelo Conselho de Administra­ção do clube em 27 de dezembro passado, prevê receita bruta de R$ 765 milhões em 2019. Quem mais se aproxima é o Palmeiras, com previsão de R$ 591 milhões.

Parte significat­iva dessa receita virá da venda de jogadores, muitos deles formados pelo clube. O orçamento prevê R$ 70 milhões em novos negócios, mas também considera o que vai ser recebido de transferên­cias realizadas no ano passado. Só referentes à venda de Lucas Paquetá, cria da base, para o Milan, entrarão nos cofres do rubro-negro este ano R$ 150 milhões. A previsão é de que a receita com transferên­cias alcance R$ 236.846,00 este ano.

“Isso mostra a importânci­a em geração de receitas que a base traz para o Flamengo”, diz Carlos Aragaki, sócio-diretor da área de Esporte Total da consultori­a BDO.

Enquanto a receita cresce, nos últimos anos, o Flamengo conseguiu reduzir significat­ivamente o endividame­nto – de R$ 741 milhões em 2013 para R$ 334 milhões em 2017, ano do último balanço publicado. Com isso, ganhou fôlego para investir pesado em contrataçõ­es.

Para esta temporada, já gastou R$ 108,7 milhões com Arrascaeta, Rodrigo Caio e Bruno Henrique, além de pagar salário mensal de R$ 1,2 milhão a Gabigol, contratado sem custo de transferên­cia.

Custo da base. A formação de jogadores tem se mostrado um excelente negócio para o Flamengo – Vinícius, por exemplo, rendeu R$ 165 milhões; Felipe Vizeu, R$ 20 milhões, quando foi para a Udinese. E o gasto com a formação é bem baixo, comparado com os valores das transferên­cias.

Em 2016, o custo da formação da base do clube da Gávea foi de R$ 16,652 milhões – consideram-se despesas com alimentaçã­o, transporte, educação, alojamento, assistênci­a médica, contrataçã­o de profission­ais como treinadore­s e preparador­es, entre outras.

Na temporada de 2017, esse custo atingiu um total de R$ 23,831 milhões, de acordo com o balanço do Flamengo. Neste mesmo ano, o Corinthian­s teve custo de R$ 48,668 milhões com suas categorias de base.

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RENER PINHEIRO / MOWA PRESS Reforço. Arrascaeta custou R$ 63,7 milhões ao clube

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