O Estado de S. Paulo

PSG tenta se virar sem Neymar em Manchester

Time francês também não terá Cavani no jogo de hoje em Old Trafford, no início das oitavas de final da competição

- Leandro Silveira

O Paris Saint-Germain terá hoje um teste de força. Vai à Inglaterra enfrentar o Manchester United (18h de Brasília) sem sua maior estrela, Neymar, e sem seu artilheiro Cavani, que se machucou no sábado. Com isso, tem no jovem Mbappé a grande esperança de obter bom resultado contra um adversário que vinha mal na temporada e cresceu bastante desde a saída do técnico José Mourinho.

Neymar, o principal jogador do PSG, sofreu nova lesão no quinto metatarso do pé direito em 23 de janeiro, está em recuperaçã­o e desfalca o time naquele que é considerad­o o mais importante jogo até agora da temporada. Até a lesão, o jogador brasileiro estava próximo da média de um gol por partida – marcou 20 vezes em 23 duelos.

A lesão de Neymar força o técnico Thomas Tuchel a encontrar nova forma de fazer o PSG atuar. E pode deixar Mbappé “órfão” no setor ofensivo – Cavani seria seu parceiro. “Não é um bom sinal. Se os seus principais jogadores não estão lá, é diferente. Nós não temos um segundo Cavani, não temos um segundo Neymar”, lamentou.

Sem os dois, Mbappé, de 20 anos e campeão do mundo com a França na Rússia, precisará mostrar que tem potencial para liderar a equipe parisiense, firmando-se de vez como uma estrela global. No Campeonato Francês, ele tem mostrado presença na área: é o artilheiro da disputa, com 18 gols.

O problema para o PSG é que o United passou por uma revolução dentro de campo desde a demissão de Mourinho, em dezembro. A partir desse período, o time não perdeu mais – são dez vitórias e apenas um empate.

O trabalho de Ole Gunnar Solskjaer recolocou o clube na briga pelas quatro primeiras posições no Campeonato Inglês e também faz o United sonhar em ir mais longe na competição continenta­l, após campanha irregular na fase de grupos.

A chave para o Manchester United conseguir um bom resultado hoje pode estar no seu meio-campo, formado por um trio que tem se destacado sob o comando do novo treinador: Matic, Pogba e Ander Herrera.

Após enfrentar diversos problemas com Mourinho, Pogba deslanchou com Solksjaer, a ponto de ter feito oito gols nos dez jogos em que entrou em campo sob o comando do treinador. Quem também cresceu com o técnico norueguês foi Rashford, que ganhou a vaga do belga Lukaku no setor ofensivo e foi eleito o melhor jogador do Campeonato Inglês em janeiro.

Para equilibrar a disputa no meio de campo, o PSG deverá contar com Verratti, recém-recuperado de lesão. Ele será um dos responsáve­is por tentar acelerar o jogo para um trio ofensivo bem diferente e menos ousado do que o usual, com Di María, Draxler e Mbappé. “Se não temos dois ou três jogadoresc­have, é nossa responsabi­lidade encontrar soluções. O desafio é ainda maior. Estaremos prontos”, prometeu Tuchel.

O PSG precisará ainda superar a desconfian­ça de seus torcedores, pois decepciono­u no seu primeiro grande teste sem Neymar – e ainda com Cavani –, ao ser batido por 2 a 1 pelo Lyon, no último dia 3, perdendo a invencibil­idade no Francês. A Inglaterra também não traz boas lembranças ao time parisiense, que perdeu no país para o Liverpool por 3 a 2 na primeira fase da Liga dos Campeões, em uma das grandes partidas desta edição do torneio continenta­l.

No outro jogo de hoje pelas oitavas de final da Liga dos Campeões, a Roma recebe o Porto no Estádio Olímpico da cidade, também às 18h de Brasília.

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