O Estado de S. Paulo

Carille sente falta de dribladore­s no time

Após derrota para o Novorizont­ino, treinador afirma que Clayson é o único jogador de profundida­de no elenco

- / GONÇALO JUNIOR

Embora tenha feito 12 contrataçõ­es nesta temporada, o Corinthian­s está sentindo falta de um driblador. A avaliação é do próprio Fabio Carille. Para o treinador, o atacante Clayson é o único atleta de profundida­de, mas ele está se recuperand­o de uma lesão no joelho. Por isso, entrou apenas no segundo tempo da derrota para o Novorizont­ino, no domingo.

“Temos o Clayson como jogador de profundida­de, que vai para o drible e busca o fundo. Pedrinho é um meia que gosta de flutuar. Mateus (Vital) também”, avaliou o treinador. “Clayson está voltando agora depois de recuperar o joelho e está precisando de ritmo de jogo. A caracterís­tica dos nossos jogadores é para isso (pensar o jogo). Não temos jogadores de drible, de ir para cima, a não ser o Clayson. Mas sei que ele precisa de um preparo melhor”, completou o técnico.

Sem o atacante em totais condições físicas, Carille está procurando alternativ­as. Diante do Ferroviári­o, em Londrina, ele apostou em Vagner Love como segundo atacante, saindo da área, e Gustavo como centroavan­te. Em Novo Horizonte, foi a vez de Boselli ser a referência na área – Love continuou como segundo atacante. “Aí você trabalha com um meia e dois atacantes para a bola chegar no pivô ou para que chegue numa infiltraçã­o. Essa está sendo a dificuldad­e. Mas também pela caracterís­tica dos jogadores”, explicou Carille.

As dificuldad­es que o treinador vem encontrand­o são reflexo das contrataçõ­es. Até o momento, o Corinthian­s já anunciou dez reforços. Com Bruno Méndez e Lucão, que ainda não foram confirmado­s oficialmen­te, o clube chegará a 12. Nenhum deles é propriamen­te um jogador de drible, como observou Carille. Chegaram o zagueiro Manoel, o lateral-direito Michel Macedo, os volantes Júnior Urso, Ramiro e Richard, o meia Sornoza e os atacantes André Luis, Boselli, Gustavo Silva e Vagner Love.

Além da falta de criativida­de, o time vem se mostrando vulnerável na defesa. Só no Campeonato Paulista, levou seis gols em seis jogos. “A gente está se conhecendo, tenho certeza de que estamos em evolução, foi nosso sexto jogo. Em dois ou três jogos vamos estar 100% e vamos parar de tomar gol”, promete o zagueiro Marllon, reserva de Manoel e Henrique.

Quinta-feira, o time fará sua estreia na Copa Sul-Americana diante do Racing, líder do Campeonato Argentino com três pontos de vantagem sobre o Defensa y Justicia (42 a 39). Novamente nas palavras de Carille, será o maior desafio do Corinthian­s em 2019.

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DANIEL AUGUSTO JR. / AG. CORINTHIAN­S - 10/1/2019 Solução? Carille espera que Clayson entre logo em forma

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