Eliminação é ruim também para finanças
No ano em que a Conmebol resolveu turbinar as premiações de suas competições e pagar valores recordes aos participantes de cada fase delas, uma eliminação precoce do São Paulo hoje representará prejuízo técnico e financeiro ao clube.
Apenas pela presença na segunda fase da Libertadores, cada time recebe US$ 500 mil (R$ 2,1 milhões na cotação de ontem). Quem avançar recebe mais US$ 550 mil (R$ 2,3 milhões). Lembrando que o ganhador de São Paulo x Talleres medirá forças com quem passar de Palestino-CHI x Independiente Medellín-COL (jogo realizado ontem e não encerrado até o fechamento desta edição).
O prejuízo maior, porém, seria pela não participação na fase de grupos, onde cada equipe ganha da Conmebol US$ 1 milhão (R$ 4,2 milhões) por duelo como mandante, ou seja, US$ 3 milhões (R$ 12,6 milhões).
Fora a queda na expectativa de receitas em 2019, a eventual desclassificação significará também a pior campanha do São Paulo em 19 participações no torneio que já conquistou três vezes (1992, 1993 e 2005).
Até agora, os maiores fracassos vieram quando o clube ficou pelo caminho ainda na fase de grupos: em 1978, 1982 e 1987. De lá para cá, a equipe sempre chegou pelo menos até o primeiro mata-mata da competição.
Desde que a pré-Libertadores passou a ser disputada, em 1998, os brasileiros só fracassaram duas vezes: o Corinthians caiu para o Tolima-COL, em 2011, e a Chapecoense perdeu do Nacional-URU, em 2018.