Presidente perdeu a batalha pelo muro na fronteira
Opresidente Donald Trump fracassou inteira e irreversivelmente na questão que foi sua assinatura de campanha. A catástrofe do muro na fronteira com o México é, em muitos aspectos, resultado de uma campanha e de uma presidência calcada na demagogia e na desonestidade. Vejamos como chegamos até aqui.
Tudo começou com um charlatão disputando a vaga de presidente valendose do agravo e do ressentimento dos americanos brancos. E a maior mentira que ele contou foi que o ex-presidente Barack Obama não havia nascido nos EUA. Depois, a fronteira saiu de controle. Os imigrantes ilegais estavam entrando nos EUA, roubando os empregos e reduzindo os salários dos americano. Nada disso era verdade.
Trump disse em seus comícios que construiria um muro para impedir a entrada de mexicanos – e garantiu que o México pagaria por ele. Algo que jamais seria economicamente viável. Quando venceu a eleição, ele teve de encontrar um modo de cumprir a promessa. E então surgiu um problema. A mentira sobre a “emergência” na fronteira foi avidamente consumida pela mídia conservadora, que a usou para alvoroçar seu público.
Então, em vez de admitir a derrota, quando os democratas e republicanos alcançaram um acordo para evitar uma segunda paralisação do governo, Trump reiterou duas mentiras: o muro já estava sendo construído e ele poderia transferir os fundos necessários sem aval o Congresso. No final, o presidente não conseguiu ter seu muro. E nunca o terá. Agora, seus seguidores devem estar perguntando: se ele mentiu a respeito disso, podemos confiar nele em outros assuntos? Eu lamento informar, mas não podem.