O Estado de S. Paulo

Matilha Cultural comemora 10 anos com nova mixtape

Criolo, Sandrão, Black Alien e Mr. Bomba estão no novo disco, que inicia os eventos de celebração do aniversári­o do coletivo

- Guilherme Sobota

A Matilha Cultural completa 10 anos em 2019: dando início às celebraçõe­s, o Selo Matilha lança nas primeiras horas desta sexta-feira, 15, a Mixtape Matilha Vol. 2, com faixas inéditas de Black Alien, RAPadura, Sombra e SP Funk, novas versões de músicas de Sandrão e do grupo de afrobeat Refugiados do Congo, além de dar espaço para novos nomes, como Bitrinho e Flow MC, do Damassacla­n, e Atentado Napalm, grupo de hip-hop de Goiânia – entre outros. Criolo também participa com um “registro” ao lado do rapper adolescent­e de origem guarani Werá Jeguaka Mirim. O trabalho estará nas plataforma­s digitais e depois terá lançamento em edição especial de vinil.

O disco é produzido por Mr. Bomba, veterano da cena paulistana – como consultor do Selo Matilha, ele diz que ainda em 2019 saem novos álbuns de Sombra, RAPadura e do próprio SP Funk (icônico grupo criado por ele no início do século, o primeiro disco do grupo desde 2006).

Bomba conta que se encontrou com os artistas parceiros da Matilha e ofereceu um catálogo de bases. “Hoje em dia se pensa que todo mundo quer fazer trap (ritmo de beats), mas até para a minha surpresa não foi assim. Cada um estava no seu momento, e respeitei isso, cada um com a sua individual­idade.”

O volume 1 da Mixtape saiu em 2010, e entre outras faixas estava Samba Sim (depois Samba Sambei), de Criolo, que entrou no sucesso Nó na Orelha. Na expectativ­a de Bomba, algumas faixas do novo trabalho também vão se incorporar aos caminhos dos artistas.

Entre os planos da Matilha para o ano, está o prosseguim­ento das campanhas anuais dos eixos de atuação (Arte e Cultura, Meio Ambiente, Direitos Humanos e Proteção Animal). A ideia é também aumentar o número de exibições de cinema independen­te, ampliar ações educaciona­is, dar mais espaço para a cultura do Nordeste e africana e estar presente em eventos na periferia da cidade. Segundo o gerente institucio­nal Eron Quintilian­o, a missão da Matilha é “fazer aquilo que o governo não faz”.

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DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO Plano. Estar presente em eventos na periferia da cidade

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