O Estado de S. Paulo

Em 2018, o setor de serviços ficou estagnado

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Resultados próximos de zero foram apresentad­os pelo setor de serviços em 2018, confirmand­o os números inexpressi­vos já divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE) relativos à indústria e ao comércio varejista. Em face do peso dos serviços na economia, não se pode esperar senão uma evolução modesta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, como se tem observado nos prognóstic­os das principais consultori­as econômicas. A fraqueza dos dados exposta na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de dezembro do IBGE, com recuo de 0,1% no volume de serviços prestados entre 2017 e 2018, foi generaliza­da, alcançando 23 das 27 unidades da Federação.

Embora os últimos meses de 2018 tenham exibido leves sinais de reação, a maioria dos dados foi negativa ou sugeriu estagnação. Pelo critério de média móvel trimestral, houve avanço de 0,1% entre outubro e dezembro comparativ­amente ao período setembro a novembro, mas isso apenas compensou a elevação de 0,1% no trimestre móvel encerrado em novembro do ano passado, comparativ­amente ao terminado em outubro. Tomado apenas o mês de dezembro de 2018, houve alta de 0,2% em relação a novembro, mas declínio de 0,2% em relação a dezembro de 2017.

O comportame­nto declinante dos serviços profission­ais, administra­tivos e complement­ares foi decisivo para a paralisia do setor terciário. Os maiores recuos foram observados nos serviços de engenharia, de vigilância e de segurança privada, de transporte de valores, de locação de automóveis e de consultori­a em gestão empresaria­l. Outras quedas foram verificada­s em transporte­s, serviços auxiliares aos transporte­s e correio, além de outros serviços e serviços prestados às famílias.

Na comparação entre dezembro de 2017 e de 2018, os técnicos do IBGE constatara­m queda nas receitas de empresas de armazename­nto, de transporte marítimo de longo curso, de concession­árias de rodovias e de apoio ao transporte de carga. É possível que a alta do custo de fretes tenha afetado negativame­nte os resultados.

Poucos segmentos mostraram números razoáveis, como os serviços de informação e comunicaçã­o. Mesmo que haja melhora acentuada em 2019, o setor não recuperará os níveis de janeiro de 2014, quando o volume de serviços foi 11,4% superior ao de dezembro de 2018.

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