GOVERNO BOLSONARO
As redes e a realidade
Fogem ao racional e adentram o temerário os eventos que têm marcado, até o presente, o jovem governo Bolsonaro. É cada vez mais preocupante a insistência do presidente em governar pelas redes sociais, resistindo à interlocução política presencial, própria da governança democrática. Está constatado que essa opção de comunicação representa um terreno pantanoso, onde é impossível identificar terra firme, por seu conteúdo incontrolável, ilimitado e, portanto, imune ao necessário controle de garantias constitucionais mínimas à governança da Nação. Por essas razões, países do mundo inteiro discutem formas de controlar seus efeitos imponderáveis. As redes podem contribuir para a eleição de candidatos, porque inseridas num processo temporal que acaba na manifestação presencial nas urnas. No entanto, por sua natureza operacional difusa e conflituosa, querer usar essa forma de comunicação como ferramenta de governança é um equívoco de consequências temerárias, conforme a realidade factual tem mostrado, aqui e no mundo. Assim, o presidente deve desligar-se da campanha eleitoral e começar efetivamente a governar com as ferramentas institucionais disponíveis, ou propor mudanças constitucionais de representatividade. Os brasileiros, exaustos por seguidas sujeições às experiências administrativas e econômicas fragorosamente fracassadas, aguardam ansiosamente propostas que de fato tornem viáveis tempos melhores. HONYLDO R. PEREIRA PINTO honyldo@gmail.com
Ribeirão Preto
Ordem e comando
O comando e a ordem das coisas são fundamentais para que as tarefas assumidas saiam a contento. Tentar resolver tudo simultaneamente leva a perder tempo e dinheiro, além de causar discussões dissonantes sobre os diversos assuntos postos à mesa para resolver. O fim não pode ser outro: muitos pitacos e resultados inúteis. No caso do governo atual, reformas são necessárias, mas a prioridade número um a ser trabalhada é a reforma da Previdência: sem o trilhão de reais projetados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil quebra. Portanto, se o presidente Jair Bolsonaro não trabalhar com afinco e voz de comando para organizar essa desordem, a olhos vistos, os primeiros a sentirem os efeitos da “bagunça”, em futuro bem próximo, são os atuais aposentados e pensionistas. Nossos filhos e netos nem sequer se aposentarão. Com uma ressalva: os filhos e netos do proletariado. Os descendentes dos nossos legisladores dormirão tranquilos, sem sobressaltos, pois os polpudos salários de seus papais lhes garantirão um futuro de abundância. Portanto, que o presidente Bolsonaro, homem de fibra e honesto, ocupante hoje da cabeceira da mesa, com o nosso apoio, não deixe que paguemos o preço de mais essa pesada conta. SÉRGIO DAFRÉ sergio_dafre@hotmail.com Jundiaí
Educação e patriotismo
Maus costumes ainda prevalecem na maioria dos colaboradores dos governos. O que é do interesse do País é visto em segundo plano. Começa pelo foro privilegiado, que poderia ser reduzido em 95%, com eficiência e sem abusos de autoridade. A corrupção foi generalizada pelas facilidades concedidas, basta lembrar o mensalão da Câmara, o petrolão... A barganha dos políticos para aprovar as reformas indispensáveis é outra vergonha, porque isso é do interesse do Brasil. Estamos precisando de uma intensa campanha de educação e de patriotismo para combater os atrasos deixados pelos governos anteriores. FRANCISCO NAVAS FILHO francisconavas@uol.com.br
São Paulo