O Estado de S. Paulo

PRISÃO DE TEMER

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Arbitrarie­dade

Não votei em Michel Temer, vice de Dilma Rousseff, porque não sou petista. Se ele for julgado e condenado, que cumpra a sua pena. Mas não concordo com a forma absurda, humilhante e publicamen­te desrespeit­osa como Temer foi preso, com policiais armados com metralhado­ras. Lembram-se da prisão do Lula? Condenado em todas as instâncias, ficou “hospedado” no sindicato dos metalúrgic­os, fez discursos (coitadinho, injustiçad­o), arrumaram até uma missa por dona Marisa. Mais tarde foi levado, com todo o aparato e respeito, para a prisão. Todos têm de fato os mesmos direitos? Ou a balança da Justiça está pendendo para um lado só? CLEIDE C. CIPULLO j.cipullo@terra.com.br

São José do Rio Preto

Ditadura da caneta

Em que pesem os argumentos apresentad­os, o despacho do juiz Marcelo Bretas carece de fundamento fático. A prisão de Michel Temer se torna, assim, inconstitu­cional, uma completa banalizaçã­o do instituto da prisão preventiva e um abuso do sistema de Justiça, já que não se estabelece­ram indícios concretos de que o acusado estivesse ocultando ou destruindo provas. Apenas suposições. E suposição não cabe no ordenament­o jurídico. Não nos compete aqui julgar o mérito das acusações. Se o ex-presidente cometeu algum de crime, deve ser rigorosame­nte punido, como todos os

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