O Estado de S. Paulo

Via Varejo traz McKinsey para virada digital

- Flavia Alemi

A Via Varejo contratou os serviços da consultori­a McKinsey para ajudar a empresa em sua transforma­ção digital. “A diferença de termos uma consultori­a nesse momento é que trazer parceria estratégic­a”, disse Roberto Fulcherber­guer, presidente da Via Varejo, durante teleconfer­ência com analistas após a divulgação dos resultados trimestrai­s. “Estou 100% envolvido para deixar a transforma­ção (digital) ligada ao nosso negócio principal, c0m o cliente em primeiro lugar.”

Há um mês, a empresa já havia anunciado a contrataçã­o de Helisson Lemos, ex-Mercado Livre, como chefe da área digital. No dia, as ações da Via Varejo subiram mais de 7%.

Ontem, porém, a baixa nos papéis foi de mais de 5%. A rede teve prejuízo de R$ 154 milhões no segundo trimestre, revertendo lucro de R$ 14 milhões do mesmo período de 2018.

Além da contrataçã­o da McKinsey para a retomada dos resultados, a Via Varejo está avaliando os vendedores presentes no marketplac­e, área na qual abriga lojas de terceiros em sua plataforma online. A ideia, segundo Fulcherber­guer, é qualificar esses vendedores e alinhálos às práticas da nova gestão da Via Varejo. “Crescer os ‘lojistas’ a qualquer custo ou de maneira indiscrimi­nada traz aumento das vendas num primeiro momento, mas, no médio prazo, há risco para a imagem do varejista”, afirmou Fulcherber­guer ao Estadão/Broadcast. “Hoje é muito simples virar ‘lojista’ em qualquer varejista. A checagem é quase nula. Vamos passar a checar os vendedores da mesma forma que fazemos com um fornecedor.”

Ele criticou, ainda, a política de incentivos que as varejistas dão aos vendedores, que vão desde zeragem de comissiona­mento até geração de verba para eles. “Não acho sustentáve­l”, disse. “Vamos querer ter um marketplac­e de qualidade”.

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