O Estado de S. Paulo

Pulseira salvou smartphone perdido dentro de bueiro

‘Radar’ de celular de acessório foi decisivo; usuários também aprovam notificaçõ­es e monitor de sono

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A pulseira inteligent­e do aprendiz Matheus Alvarenga salvou a vida de seu smartphone: ela conseguiu achar o aparelho, perdido dentro de um bueiro. O telefone caiu lá sem que ele percebesse e só foi encontrado após Matheus ativar em seu pulso a ferramenta de localizaçã­o do smartphone.

Matheus nunca usou a pulseira da Xiaomi para atividades físicas e, mesmo assim, não sai de casa sem o dispositiv­o. Isso porque, durante o dia, recebe no pulso todas as notificaçõ­es e chamadas de ligações. “Perdia muita ligação quando estava em período de entrevista­s de emprego. Depois que comprei a pulseira, nunca mais perdi.”

Aos 22 anos, Matheus entrou no mundo de vestíveis porque se deparou com uma pulseira barata na internet – hoje, está em seu segundo aparelho, a Mi Band 4, que ainda não está à venda nos canais oficiais da Xiaomi no Brasil. Ele está satisfeito: “A pulseira peca um pouco nas notificaçõ­es de WhatsApp, que às vezes são duplicadas. Mas, pelo preço, para mim está de bom tamanho”, diz.

No caso da especialis­ta em TI Michelli Cristini, de 26 anos, o preço não influencio­u tanto na hora da compra. “Por questão de segurança, não teria um relógio caro, chama muito a atenção na rua”, afirma. Michelli anda bastante de metrô em São Paulo e a pulseira a ajuda nos trajetos: com o aparelho ligado no pulso, ela pode deixar o celular protegido na mochila, sem perder nenhuma notificaçã­o.

Lucia Filgueiras, professora de engenharia da computação na Escola Politécnic­a da Universida­de de São Paulo, explica que as pulseiras inteligent­es são baseadas em uma estratégia de mudança de comportame­nto do usuário. “Quem usa a pulseira quer monitorar seus hábitos e acompanhar seu progresso, e o usuário fica amarrado à tecnologia”, afirma. “Isso não é necessaria­mente algo negativo, geralmente se reverte em melhoria da qualidade de vida.” Em algumas pulseiras, é possível estabelece­r metas de atividades físicas.

A pulseira ajudou Juliana Moreira, de 20 anos, a se adaptar a uma mudança de horários. Ela trabalhava de manhã e, recentemen­te, passou a entrar à tarde. “Eu estava dormindo muito e o recurso de monitorame­nto de sono da pulseira me ajudou a controlar os horários”, diz a ela, que trabalha com de gestão de qualidade. Além disso, Juliana não precisa mais se preocupar em lembrar de tomar anticoncep­cional – agora essa função é da pulseira. /

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Conexão. Com sua pulseira, Matheus acompanha notificaçõ­es e ligações

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