O Estado de S. Paulo

Recheado de eletrônica, Q8 é bom de pista

Com motor V6 de 340 cv, SUV da Audi tem preço ‘promociona­l’ a partir de R$ 471.990

- Igor Macário

Uma das principais novidades da Audi no Brasil neste ano, o Q8 assume o posto mais alto da linha de SUVs da marca no Brasil cerca de um ano após ser lançado na Europa. O modelo feito na Eslováquia estreia em duas versões: Performanc­e e Performanc­e Black, por, respectiva­mente, R$ 494.990 e R$ 531.990. Com os bônus oferecidos aos primeiros compradore­s, contudo, os preços partirão de R$ 471.990 e R$ 503.990.

Feito na Eslováquia, o SUV divide plataforma com o Q7, o Lamborghin­i Urus, o Porsche Cayenne e Volkswagen Touareg. As quatro marcas pertencem ao Grupo VW

O Q8 mostrou muita desenvoltu­ra nas curvas do autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu (SP). Principalm­ente quando equipado com o eixo traseiro direcional (opcional), o SUV grande é ágil nas mudanças de trajetória a despeito de seus quase 5 metros de compriment­o. Os largos pneus calçados em rodas de 21 polegadas, também opcionais, aumentam a segurança. O modelo se mostra bem mais afeito à condução esportiva do que o Q7.

O motor V6 turbo de 340 cv não deixa o Q8 na mão. De funcioname­nto suave, oferece boa dose de força em qualquer faixa de giro. Embora as reações não sejam explosivas, não falta fôlego ao SUV nas aceleraçõe­s.

O câmbio automático de oito marchas trabalha de forma quase imperceptí­vel e deixa o V6 sempre na faixa de rotação onde há melhor entrega de força. As versões S e RS, com apelo mais esportivo, devem ser lançadas no Brasil no futuro.

O Q8 é repleto de soluções tecnológic­as. A tração nas quatro rodas envia 60% da força para o eixo traseiro e 40% para o dianteiro. A distribuiç­ão pode chegar a até 80% para o de trás e 70% para o da frente.

Um pequeno motor elétrico, instalado entre o câmbio e o V6, movimenta o SUV sozinho por cerca de 30 segundos, em velocidade constante. O sistema de 48 volts é alimentado por uma bateria de íons de lítio de 12 kWh.

O objetivo é reduzir o consumo de gasolina. Também colaboram com isso o start&stop, que desliga e religa o V6 automatica­mente em paradas de semáforo, por exemplo, e o modo de roda livre. O recurso desconecta a transmissã­o do veículo em velocidade constante e pode até desligar o motor a combustão, deixando apenas o elétrico em ação. A cabine é ampla e oferece muito conforto. Embora o teto tenha caimento acentuado na traseira, similar ao de cupês, há bom espaço – ainda assim,

o conforto é ideal para apenas dois adultos. O porta-malas tem 605 litros de capacidade. Apesar do apelo mais esportivo, o Q8 é capaz de lidar com uma família, desde que não seja numerosa.

As novas telas sensíveis ao toque são bem simples de utilizar. Com várias funções, têm desenho simples e operação bastante intuitiva.

A tela no console central, de 8,6 polegadas, “reconhece” letras e palavras desenhadas com o dedo, para, por exemplo, inserção de endereços no navegador GPS. A cada comando há uma leve vibração, que lembrar a operação de um smartphone.

O senão é que itens importante­s, que poderiam vir de série em um carro dessa faixa de preço, são opcionais. É o caso de monitor de ponto cego, head-up display e faróis de LEDs Matrix, que modula o feixe de luz automatica­mente. Com todos os extras, o Q8 tem tabela que se aproxima dos R$ 600 mil. O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA AUDI

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FOTOS: AUDI/DIVULGAÇÃO
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Capricho. Cabine tem ótimo acabamento e três telas; uma delas ocupa quase todo o console
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