‘ERA UMA PESSOA QUERIDÍSSIMA’
Candidato a embaixador nos EUA, Eduardo Bolsonaro pôs o busto do Barão do Rio Branco em destaque no plenário da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. O deputado disse que tem assistido a vídeos no YouTube e lido livros sobre o Brasil.
Odeputado Eduardo Bolsonaro (PSLSP) retirou o busto do Barão do Rio Branco do “fundão”. Agora, quem entra no plenário da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara pode se deparar com o filho do presidente Jair Bolsonaro sentado à frente da imagem do patrono da diplomacia nacional, José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco. O busto, de metal, foi instalado perto da mesa diretora da comissão. “Era uma pessoa queridíssima, então está aqui a justa homenagem”, disse Eduardo na quarta-feira passada.
O deputado, que busca apoio no Senado para sua indicação como embaixador do Brasil nos Estados Unidos, sofre resistência dos “itamaratecas” – como são apelidados jocosamente os servidores do Itamaraty – por não ser diplomata. O anúncio do presidente de que indicaria o filho para Washington, a embaixada mais cobiçada e tradicionalmente ocupada por diplomatas experientes, foi visto como gesto de desprezo à carreira.
A “homenagem” ao Barão do Rio Branco veio acompanhada de uma demonstração de dedicação aos estudos de História. Eduardo afirmou que tem assistido a vídeos no YouTube e lido livros sobre o Brasil. “(O barão) Já foi deputado, igual a nós, deputado-geral pelo Mato Grosso. Ajudou seu pai, Visconde de Rio Branco, na confecção do tratado que finalizou a Guerra do Paraguai, em 1870. Depois, ajudou Santa Catarina e Paraná, na questão de Palmas, nas nossas fronteiras com a Argentina. Ajudou na questão das nossas fronteiras ao norte, onde hoje se encontra o Amapá, em uma discussão com a França que foi arbitrada na Suíça. E também o Estado do Acre... Sua capital Rio Branco não é por acaso”, disse o deputado, “de cabeça”.