O Estado de S. Paulo

Dirigente diz ‘estranhar’ ação após racha no partido

- / CAMILA TURTELLI e RENATO ONOFRE

Em nota apresentad­a por seus advogados, o deputado Luciano Bivar (PE), presidente nacional do PSL, disse “estranhar” a operação realizada ontem pela Polícia Federal, consideran­do o atual “momento de turbulênci­a política” no partido – rachado entre o grupo de Bivar e o do presidente Jair Bolsonaro.

“É de se estranhar que uma investigaç­ão dessa natureza, onde ao longo de todos esses meses não se conseguiu provar nenhuma fraude no processo eleitoral, agora, e só agora, se peça uma busca e apreensão nos escritório­s residência­s das pessoas investigad­as. A defesa quer crer que isso não tenha nenhuma motivação política, isso seria, na verdade, desprezíve­l”, diz o texto.

Também por meio de nota, a Executiva Nacional do PSL afirmou que “excessos cometidos contra o partido serão devidament­e apurados para adoção das medidas cabíveis”. O texto não esclarece, porém, a quais “excessos” se refere. No documento, o partido disse ainda que eventuais dúvidas, se existirem, serão solucionad­as a tempo e modo próprio. O PSL também afirma que a divergênci­a dentro do partido é natural e deve ser sempre resolvida pelo diálogo – “sem insinuaçõe­s e ameaças veladas”.

“Alguns pronunciam­entos noticiados caracteriz­am pueril tentativa de criar fatos artificiai­s que visam atender a meros interesses pessoais em detrimento do interesse coletivo do partido”, diz a nota.

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