Dirigente diz ‘estranhar’ ação após racha no partido
Em nota apresentada por seus advogados, o deputado Luciano Bivar (PE), presidente nacional do PSL, disse “estranhar” a operação realizada ontem pela Polícia Federal, considerando o atual “momento de turbulência política” no partido – rachado entre o grupo de Bivar e o do presidente Jair Bolsonaro.
“É de se estranhar que uma investigação dessa natureza, onde ao longo de todos esses meses não se conseguiu provar nenhuma fraude no processo eleitoral, agora, e só agora, se peça uma busca e apreensão nos escritórios residências das pessoas investigadas. A defesa quer crer que isso não tenha nenhuma motivação política, isso seria, na verdade, desprezível”, diz o texto.
Também por meio de nota, a Executiva Nacional do PSL afirmou que “excessos cometidos contra o partido serão devidamente apurados para adoção das medidas cabíveis”. O texto não esclarece, porém, a quais “excessos” se refere. No documento, o partido disse ainda que eventuais dúvidas, se existirem, serão solucionadas a tempo e modo próprio. O PSL também afirma que a divergência dentro do partido é natural e deve ser sempre resolvida pelo diálogo – “sem insinuações e ameaças veladas”.
“Alguns pronunciamentos noticiados caracterizam pueril tentativa de criar fatos artificiais que visam atender a meros interesses pessoais em detrimento do interesse coletivo do partido”, diz a nota.