Ativista dos direitos civis e deputado morre aos 68
Congressista estava no centro das investigações de impeachment contra Trump, com quem teve várias disputas
O deputado democrata Elijah Cummings morreu ontem aos 68 anos, no Hospital Johns Hopkins, em razão de “complicações relacionadas a problemas de saúde de longa data”. Como presidente do Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara dos Deputados, ele estava no centro da investigação do julgamento político do presidente Donald Trump.
O deputado bateu de frente com Trump por sua política de detenção de imigrantes, supervisionando as investigações sobre o tratamento dado aos ilegais na fronteira com o México, assim como os esforços da Casa Branca para incluir uma pergunta sobre cidadania no censo de 2020. Ontem, o presidente deixou de lado a disputa com os democratas e manifestou suas condolências. “Eu vi, em primeira mão, a força, a paixão e a sabedoria deste respeitado líder político. Será muito difícil substituir seu trabalho e voz em tantas frentes, se não impossível”, tuitou Trump.
Em julho, o presidente descreveu Baltimore, cidade de Cummings, como um “desastre infestado de ratos”, onde “nenhum ser humano gostaria de viver”. O democrata respondeu que os funcionários do governo deveriam parar de fazer “comentários incendiários” que apenas dividem o país.
Popularidade. Nascido em uma família de sete irmãos, Cummings formou-se em ciência política e direito e tornou-se um dos mais poderosos democratas no Congresso. Deputado pelo 7.º distrito do Estado de Maryland desde 1996, ele era tão popular que chegou a se eleger com 87% dos votos em 2000.