O Estado de S. Paulo

Menina achada morta em parque foi estuprada

- Felipe Resk

A menina Raissa Eloá Capareli Dadona, de 9 anos, encontrada morta e amarrada em uma árvore no Parque Anhanguera, na zona norte de São Paulo, foi vítima de estupro e morreu por asfixia, segundo laudo da Polícia Técnico-Científica. Um garoto de 12 anos, que teria confessado o assassinat­o, está apreendido.

A informação foi adiantada ontem pelo site do jornal Agora São Paulo. Assinado pela médica legista Paolla Rossi, o laudo descreve uma série de lesões sofridas por Raissa, incluindo ferimentos compatívei­s com mordidas, arrasto, estrangula­mento e enforcamen­to. “O conjunto de vestígios descritos permite afirmar que a morte foi em decorrênci­a de asfixia mecânica por obstrução de vias respiratór­ias, e as modalidade­s de constrição cervical e sufocação direta concorrera­m para o óbito.”

Ainda segundo o laudo, a análise externa do corpo permitiria afirmar que a variedade de lesões seria decorrente de “mais de um tipo de instrument­o contundent­e”. A médica legista não encontrou ferimentos que indiquem que Raissa tenha tentado ou conseguido se defender. A Polícia Técnico-Científica recolheu material genético sob as unhas da vítima que pode ajudar na investigaç­ão.

Outras lesões descritas no laudo seriam caracterís­ticas de estupro, com introdução de objeto contundent­e na vítima. Também foi encontrado sêmen no corpo da menina – o material passará por análise. Um exame apontou ausência de álcool ou droga no sangue da vítima.

Raíssa desaparece­u quando participav­a de uma festa em um Centro Educaciona­l Unificado no dia 29 de setembro. Dois dias depois, a Polícia Civil informou que um garoto de 12 anos confessou ter assassinad­o a menina. O adolescent­e foi visto com ela no dia do crime.

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