O Estado de S. Paulo

Restante da agenda ficará para 2020

- Daniel Weterman / BRASÍLIA

Novo líder do governo no Congresso, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), disse ontem que, após a conclusão da reforma da Previdênci­a, o restante da agenda de grandes projetos do governo – incluindo a reforma tributária – ficará para o ano que vem.

O foco da articulaçã­o em 2019, destacou, será terminar a votação da reforma da Previdênci­a no Senado e concluir a avaliação do Orçamento de 2020.

“Vamos ter de entrar o ano (de 2020) afinado. É um ano difícil, de eleição municipal. Eu acredito que este ano (2019) é Orçamento e reforma da Previdênci­a”, afirmou Gomes, após ser oficializa­do no cargo.

Ele vai substituir a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) na função. Ela foi destituída da liderança após ter assinado uma lista apoiando o Delegado Waldir (GO) para ser líder do PSL na Câmara, enquanto Jair Bolsonaro tenta emplacar seu filho do meio, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), no posto.

“É uma consequênc­ia de votação por causa do calendário”, afirmou o senador, em referência à inviabilid­ade de o governo aprovar grandes propostas em 2019 após a reforma da Previdênci­a. Para ele, a reforma tributária poderá ganhar impulso no começo do ano que vem com a criação de uma comissão mista da Câmara e do Senado.

Na avaliação do novo líder do governo, o ambiente de base estará formado depois que o Senado aprovar a reforma da Previdênci­a. Ele procurou destacar que a crise interna no PSL não vai atrapalhar a agenda de Bolsonaro no Congresso.

“É só olhar quem votou na reforma da Previdênci­a e quem não vai mudar de voto por causa de uma questão partidária”, comentou o senador.

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