Para atrair fundos de pensão, governo mexe em debêntures
Na tentativa de atrair os fundos de pensão, o Ministério da Economia, capitaneado por Paulo Guedes, deverá anunciar a mudança das debêntures de infraestrutura até a semana que vem. Hoje, esse papel é incentivado, com isenção de imposto de renda, o que não é suficiente para despertar a atenção das fundações, que já contam com esse benefício. A ideia, assim, é agir na outra ponta e reduzir o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) pagos pelos emissores. O objetivo desse ajuste é incentivar o emissor a pagar taxas de retorno maiores, o que atrairia as fundações, que têm cheques elevados e estão em busca de diversificação de suas carteiras em um cenário de juros baixos. Para as pessoas físicas, a isenção de IR deve ser mantida.
Em números. De janeiro a setembro deste ano, foram emitidas RS 16,8 bilhões em debêntures de infraestrutura, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O montante é quase 18% inferior ao obtido no mesmo período do ano passado.
Antes disso. O governo de Jair Bolsonaro já vem se movimentando em torno de alguns ajustes para tornar as debêntures de infraestrutura mais atraentes para todo o mercado. Recentemente, o Conselho Monetário Nacional regulamentou a liquidação antecipada das debêntures para evitar o risco de congelar novas emissões, diante da queda do juro. Com tal limitação, as empresas ficavam impedidas de trocar emissões mais caras por mais baratas.
Procurado, o Ministério da Economia não retornou.
Consciente. O Banco do Brasil está modernizando toda a iluminação de suas dependências, o que deve gerar uma economia de R$ 67 milhões até o fim de 2020, quando o processo será concluído. Serão trocadas 1,5 milhão de lâmpadas fluorescentes por luminárias LED.
Não é de hoje. O movimento começou no BB em 2017. Até o momento, já foram substituídas mais de 1,2 milhão de lâmpadas. Como consequência, as despesas acumuladas se reduziram em R$ 42 milhões enquanto que em termos de emissão de gases de efeito estufa já são quase 400 toneladas a menos, o equivalente ao plantio de 2.600 árvores.
Money, money. Líder tem de saber lidar com crise. Levantamento da consultoria PwC mostra que as três crises mais graves vividas pelos executivos normalmente são motivadas por questões de liquidez, disrupção operacional e falhas de tecnologia. O Brasil é onde problemas financeiros/liquidez aparecem com maior representatividade, 42%, ao passo que no México e no Reino Unido estão em segundo, com 14% e 12%, respectivamente.
Ninguém está a salvo. A pesquisa Global Crisis Survey, realizada pela consultoria PwC com um total de mais de 2 mil entrevistados, mostra que sete em cada dez líderes, mais especificamente 69% do total, já passaram por pelo menos uma crise corporativa nos últimos cinco anos. No aspecto psicológico, a pressão acaba por desencadear o modo de “fuga ou luta” do organismo (a estimulação da amígdala cerebral), redução da memória de trabalho e falta de sono.