O Estado de S. Paulo

Startup que rastreia frotas, Cobli levanta rodada de US$ 10 mi

Fundada por americano, empresa usa sensores do tamanho de um pendrive para monitorar status de caminhão em tempo real

- Bruno Romani

O setor de startups de transporte e logística continua a atrair atenção de investidor­es estrangeir­os no Brasil. Depois de Buser, Volanty e Loggi, é a vez da startup paulistana Cobli entrar na lista. Dona de um sistema que usa sensores para rastrear frotas, com uso de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), a empresa levantou uma rodada de US$ 10 milhões, liderada pelo fundo americano Fifth Wall Ventures, investidor da Loggi e da empresa de reformas de apartament­os Loft. O aporte também teve a participaç­ão do Valor Capital, que já investiu em Gympass e Stone.

Fundada há dois anos e meio pelo matemático americano Parker Treacy, a Cobli tem uma tecnologia que permite a gestores de frotas monitorar os veículos em tempo real. Para isso, a empresa instala sensores e localizado­res em caminhões.

Do tamanho de um pendrive, os aparelhos têm informaçõe­s sobre localizaçã­o, movimentaç­ão e também as condições para rodagem dos veículos, permitindo que as empresas pratiquem manutenção preditiva. “Nossa solução dá espaço para que empresas menores concorram contra os grandes nomes do mercado”, diz Treacy.

Filho de um professor do Massachuse­tts Institute of Technology (MIT), Treacy frequentou a Universida­de de Duke. Ele se aproximou do Brasil depois de atender imigrantes brasileiro­s em Boston com a First Help Financial, uma financeira de veículos para imigrantes. A partir disso, a curiosidad­e sobre o mercado nacional cresceu e levou à criação da Cobli.

Na estrada. Com os recursos, a empresa espera ampliar suas ferramenta­s. A meta é que, no futuro, seja possível enviar dados de temperatur­a do veículo e vídeos em tempo real, ampliando a precisão do monitorame­nto. A Cobli deve ainda dobrar de tamanho, abrindo cerca de 100 vagas nos próximos meses, em áreas como software, ciência de dados, engenharia elétrica e parcerias.

A startup também quer ampliar sua área de atendiment­o, atingindo mais municípios – hoje, está em 100 cidades brasileira­s – e olhando o mercado latino. “O setor de logística local é excelente e está se abrindo para o mundo”, afirma.

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