O Estado de S. Paulo

180 entidades saem em defesa de brigadista­s

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Cerca de 180 entidades ambientali­stas e de direitos humanos criticaram a prisão dos brigadista­s por suspeita de ligação com incêndios florestais no Pará. A WWF – organizaçã­o que, segundo a Polícia Civil, teria sido vítima de desvio de verba pelo grupo suspeito – condenou “a falta de clareza” sobre a investigaç­ão. Disse ainda repudiar “ataques a seus parceiros e as mentiras envolvendo o seu nome”.

Conforme a polícia, membros das três ONGs locais alvo da investigaç­ão – Brigada Alter do Chão, Aquíferos Alter do Chão e Projeto Saúde e Alegria – teriam recebido repasses da WWF para combater queimadas. Mas parte da verba teria sido desviada. A polícia diz ter evidências robustas, mas a WWF afirma que “acusação sem provas é ataque à Constituiç­ão” e destacou o fato de os suspeitos já terem denunciado grileiros.

Em nota, a Anistia Internacio­nal apontou falta de transparên­cia e disse não ver informaçõe­s que justificas­sem as prisões preventiva­s. Já o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) pediu “respeito à idônea história” do Projeto Saúde e Alegria, que atua há mais de 30 anos pelos direitos de extrativis­tas, povos tradiciona­is e agricultor­es familiares no Pará.

Nas redes sociais, o irmão de João Victor Romano defendeu, em vídeo, a inocência do parente e dos colegas e fez apelo pela divulgação de informaçõe­s verdadeira­s sobre o caso.

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