Congresso derruba veto, e aluno deverá ter psicólogo
O Congresso derrubou ontem o veto integral do presidente Jair Bolsonaro à proposta que garante atendimento por profissionais de psicologia e serviço social a alunos das escolas públicas. Com a decisão, volta a valer texto aprovado em setembro, que prevê atendimento a estudantes de ensino fundamental e médio para melhorar a aprendizagem e relações entre alunos, professores e comunidade.
O texto estabelece a possibilidade de atendimentos em parceria com o Sistema Único de Saúde e determina a atuação de uma equipe para cada rede de ensino (estaduais e municipais). A justificativa da Presidência para o veto inicial era de que a proposta era inconstitucional porque criava despesas obrigatórias ao Executivo.
A pedagoga Telma Vinha, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), disse que o trabalho desses profissionais pode ajudar em uma série de ações. “O papel não é fazer terapia individual dentro do colégio, mas na melhora dos processos de aprendizado, na articulação da escola com a comunidade, para a formação de professores, ajudar a montar estratégias de mediação de conflito.”
Claudia Costin, que foi secretária de Educação do Rio e diretora para Educação do Banco Mundial, disse que a ideia é correta ao propor uma “rede de apoio”. “O professor deve e já trabalha para identificar situações, mas há um limite e diversas situações do cotidiano para as quais ele não está preparado.”