O Estado de S. Paulo

PAISAGENS URBANAS TERÃO ANTENAS MAIS BAIXAS

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Implementa­r toda a estrutura para colocar no ar o sinal de quinta geração não será tarefa fácil. “O 5G vai obrigar investimen­tos muito grandes”, aponta André Sarcinelli, diretor de Engenharia da Claro. Ele lista: em primeiro lugar, a compra do espectro (que deve ocorrer em leilão no ano que vem). Depois, modificaçõ­es nas antenas, com novas estações transmisso­ras e receptoras dos sinais, embora boa parte das ERBs, especialme­nte as instaladas por diversos fornecedor­es depois de 2017, já disponha dessa pré-preparação. Além da necessidad­e de instalar novas antenas.

Por conta das frequência­s maiores (o 5G deverá começar a operar no Brasil em várias faixas, sendo a principal 3,5 GHz), a tecnologia opera com ondas de rádio de compriment­o menor. Por isso, as antenas também serão menores, possibilit­ando uma instalação mais fácil e rápida, até mesmo em postes ou sob viadutos. A interferên­cia na paisagem urbana será menos notada, o que vai facilitar a adaptação a legislaçõe­s municipais nem sempre amigáveis. A liberação rápida de espaços para as antenas é uma reclamação constante das maiores operadoras do País. Como o alcance das redes 5G é menor do que o das 4G, mais antenas, apesar de mais baixas, terão que ser instaladas nas cidades para se conseguir obter a mesma cobertura de hoje.

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