Bancos fazem compras em ‘saldão’ de debêntures
Os grandes bancos aproveitaram o verdadeiro saldão visto no mercado secundário de debêntures neste fim de ano para comprarem títulos de dívidas de boas empresas a um preço atrativo. A pechincha ocorreu por conta de um movimento de venda capitaneado por fundos de crédito, que investem nesses ativos. Ao verem seu retorno embicando para o negativo, muitos investidores que apostavam nessa modalidade decidiram resgatar seus recursos, obrigando os gestores, que prometeram liquidez diária, a se desfazerem das debêntures a qualquer preço. O resultado foi que o valor desses papéis foi ajustado para baixo em todo o mercado brasileiro, incluindo até mesmo os bons nomes.
Foi mal. O movimento oportunista dos bancos, ou seja, aproveitando a queda dos preços para segurar títulos de dívidas de empresas atrativas, ajudou a evitar uma sangria maior no mercado. Trata-se da primeira grande crise de liquidez do mercado secundário de debêntures. Traders classificaram o movimento como correção, conceito que, no mercado financeiro, remete a perdas da ordem de 10%.
Mas bom. Para os bancos, esse movimento é encarado como uma operação de crédito, já que em algum momento, essas empresas terão de liquidar essas debêntures. A vantagem é que, como foram compradas a preços muito baixos, o ganho relativo à uma linha de crédito convencional é maior, já que o provisionamento exigido pelo Banco Central para esse tipo de crédito é menor.
Não foi exclusividade. Family offices, casas que administram o dinheiro dos afortunados, também entraram comprando papéis nas mínimas, especialmente debêntures de infraestrutura. Nesse segmento, os bancos apareceram em menor quantidade e adquirindo debêntures de prazos mais curtos.
Quase lá. A correção já está no fim e, em dezembro, os papéis estão em patamares mais próximos aos fundamentos das companhias e com o prazo dos papéis. As debêntures são títulos de dívida com vencimento a partir de três anos. No caso das incentivadas, acima de sete ou 10 anos. Entre março e maio deste ano, vários fundos entraram comprando pesado e alguns deles viram em outubro resgates de até 40% de seu patrimônio. Certificada. A Mova, uma das primeiras fintechs a obter a aprovação do Banco Central para operar empréstimos entre pessoas (peer-topeer lending), acaba de obter seu registro na B3. Com isso, todas as transações feitas pela fintech terão o selo Certifica, que valida uma aplicação indicando que ela está registrada, em seu nome e CPF, na central da B3.
Segurança. As Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP), como são chamadas no BC, fazem a ligação entre aqueles que necessitam tomar dinheiro e os que têm recursos disponíveis para emprestar, ou investir. Como o investimento de ‘peer-to-peer lending’ está concentrado em poucas startups, majoritariamente com poucos anos de trajetória, torna-se ainda mais relevante o registro dos investimentos para a segurança do investidor.
Sustentável. Depois de eliminar o plástico em objetos de uso único dentro de agências e prédios administrativos, o Santander estendeu o desafio ao maior circuito de corridas de rua da América Latina: o Santander Track&Field Run Series. Mais de 100 mil copos plásticos eram distribuídos aos atletas em cada disputa.
Limpo. Na etapa do Santander Track&Field Run Series realizada no Shopping Villa Lobos, zona oeste de São Paulo, os corredores já receberam copos feitos de papelão 100% biodegradável, lançados pela Suzano em janeiro.
Digital. O Banco Pan prevê formalizar mais de R$ 7,6 bilhões em créditos para o financiamento de veículos por canais digitais no ano que vem, apostando no sucesso dos investimentos que tem feito para acompanhar as transformações da indústria bancária. Esse montante, corresponde a cerca de 86% das novas contratações nessa linha de crédito. O processo de formalização digital das operações foi iniciado no fim de outubro. De lá para cá, a instituição fez R$ 107 milhões de financiamentos pelo canal, envolvendo 5 mil clientes.
Olho no gato. O Pan tem investido nos últimos anos na transformação digital para agilizar seus serviços e ganhar escala nas três principais linhas de crédito. Além de veículos, a estratégia envolve também o crédito consignado e o cartão consignado. O público eleito são as classes C, D e E. No começo de 2020, o Banco Pan deve lançar o banco digital, que servirá para aumentar o tempo de utilização dos serviços do banco e melhorar a assertividade na oferta de crédito, área na qual a instituição quer efetivamente crescer.