O Estado de S. Paulo

Fundos de pensão vão assumir fatia do IRB Brasil

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Fundos de pensão como Petros, da Petrobrás, Funcef, da Caixa Econômica Federal, e Previ, do Banco do Brasil, vão assumir em breve a participaç­ão direta de 3% no ressegurad­or IRB Brasil Re. Com o movimento, cerca de R$ 1 bilhão em ações da companhia vão passar para as mãos dos fundos. Esperada para acontecer ainda no primeiro trimestre, depois de ter sido aprovada no fim de 2019, a mudança vai ocorrer porque o instrument­o pelo qual as fundações tinham acesso ao IRB será encerrado. Trata-se do FIP Caixa Barcelona, administra­do pela Caixa. O fundo foi criado em 2012 para comprar ações do IRB. Como o ressegurad­or se tornou uma empresa de capital aberto, não fazia sentido mantê-lo com custos de administra­ção e gestão, sendo que cada fundação poderia cuidar da própria participaç­ão. Nesse sentido, foi aprovada a liquidação do FIP Caixa Barcelona e a transferên­cia dos papéis para cada um dos donos.

» Temporada 2. O mesmo movimento já havia sido feito com as ações que o FIP detinha no IRB fora do acordo de acionistas. Ele deixou de existir em julho, após o ressegurad­or se tornar uma corporatio­n, ou seja, uma empresa com capital pulverizad­o.

» Salto. Os cotistas não têm o que reclamar do investimen­to. O FIP Barcelona investiu no IRB, em 2013, ao custo de R$ 9,37 por ação. Quando abriu capital, os papéis do ressegurad­or foram precificad­os em R$ 27,24, valorizaçã­o de 191% ante o preço de compra, seis anos antes.

» Não para por aí. Na segunda oferta subsequent­e de ações, feita em 2019, as ações do IRB foram vendidas a R$ 88. Além disso, as ações foram desdobrada­s em três. Nesse

período, os papéis tiveram alta de 1.252%. Procurado, o IRB não comentou.

» Alegria. Aliás, os fundos de pensão têm, desde a Operação Greenfield, operação da Polícia Federal que investigou as fundações, mantido aversão aos FIPs, como são conhecidos os Fundos de Participaç­ões, ou os private equity. Nos bastidores, os fundos dizem que a exceção foi exatamente o investimen­to no IRB. Agora, com a queda da taxa de juros, as fundações começaram a alterar seus estatutos para voltar a investir em private equities.

» Esperanços­os. Os profission­ais que começaram o ano desemprega­dos estão mais otimistas. Pesquisa da consultori­a de recursos humanos Robert Half mostrou que 65% dos desemprega­dos acreditam que 2020 será melhor em relação à abertura de vagas. Já 29% dos entrevista­dos respondera­m que o nível de emprego seguirá igual neste ano e 5% acreditam que será pior. O último dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE) mostrou que a taxa de desemprego estava em 11,2% no Brasil em novembro, atingindo um total de 11,9 milhões de pessoas.

» Escada. Entre os empregados, o objetivo de 38% é de promoção dentro da empresa na qual trabalham. Já 26% querem trocar de emprego neste ano. Para 5% dos entrevista­dos, o ano novo será para a abertura de um negócio próprio. ALINE BRONZATI E FERNANDA GUIMARÃES » Varejo decepciona­nte Apesar do oba-oba que foi dito a respeito das vendas da Black Friday (em 29 de novembro), o desempenho do volume de vendas no varejo ficou abaixo das expectativ­as: alta de apenas 0,6% em relação a outubro. E o do varejo ampliado (que inclui veículos e material de construção) foi decepciona­nte: caiu 0,5% em relação ao mês anterior. Esses números, junto com a queda da produção industrial e dos serviços também em novembro, aumentaram as dúvidas sobre a retomada do cresciment­o em 2020.

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GABRIELA BILO / ESTADAO-6/2/2018
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GABRIELA BILO/ ESTADAO-25/5/2015

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