BV lidera aporte de R$ 25 mi na fintech Olivia
A fintech brasileira Olivia anunciou ontem que recebeu uma rodada de aportes avaliada em R$ 25 milhões. Dona de um app que ajuda seus usuários a estruturar suas contas, com dicas sobre fluxo de caixa e hábitos de consumo, a empresa agora tem entre seus acionistas o BV (antigo Banco Votorantim), que liderou a rodada. O fundo BR Startups, que já havia investido R$ 1,5 milhão na empresa em 2019, também participou do aporte.
A empresa anunciou também a chegada de seu aplicativo às lojas do Google e da Apple. Gratuito, o sistema faz a integração das diversas contas e cartões utilizados pelo consumidor e, à medida que passa a “conhecer” o usuário, começa a sugerir dicas para melhorar seus hábitos financeiros.
Em todo o mundo, o serviço já tem 500 mil usuários, entre pessoas que usam o app diretamente ou têm acesso à sua inteligência artificial dentro de outros apps de parceiros – caso do BV, que usa a plataforma da empresa desde fevereiro do ano passado. Segundo Moraes, hoje o app tem integração com Itaú, BB, Nubank e Caixa, além dos cartões Itaucard, Amex e o vale-refeição Alelo. “Trabalhamos para ter Bradesco e Santander até o fim do semestre.”
Com os recursos, a startup fundada no Vale do Silício pelos brasileiros Cristiano Oliveira e Lucas Moraes deve iniciar sua expansão pelo País. “Começamos
a trajetória nos EUA e percebemos uma boa oportunidade aqui no mercado brasileiro”, explica Moraes, que é da quarta geração da família controladora do grupo Votorantim. Segundo ele, esse fato não teve influência no aporte. “O BV tem uma estrutura meritocrática, que olha o valor gerado antes de tudo”, afirma o executivo.
Nos últimos meses, o BV tem expandido sua conexão com startups: fez parte de um aporte multimilionário na fintech
Neon, um dos principais bancos digitais do País, e comprou a Just, startup de crédito do grupo GuiaBolso, da qual já era parceiro. Para Guilherme Horn, diretor de estratégia digital e inovação do BV, “a Olivia oferece algo que o mercado não tem hoje”.
Os dinheiro do aporte também será utilizado para expandir o time de tecnologia da empresa – hoje, a startup tem 55 funcionários divididos entre escritórios em São Paulo e na Califórnia.