O Estado de S. Paulo

Jornalista morre em São Paulo aos 59 anos

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O jornalista Mario Simas Filho, de 59 anos, morreu em São Paulo na madrugada de ontem, vítima de um câncer no rim. Com passagem por vários veículos de imprensa, Mario atualmente ocupava o cargo de diretor de núcleo e colunista da revista IstoÉ. O velório e o sepultamen­to foram realizados no Cemitério Gethsemani, no Morumbi.

Ao longo da carreira, o jornalista teve passagens pela extinta Folha da Tarde e pela Folha de S.Paulo. Na IstoÉ, Mario Simas Filho participou de reportagen­s de destaque, como a que revelou o assassinat­o, e não o suicídio, de PC Farias, aliado do expresiden­te Fernando Collor.

Já pela série “Senadores envolvidos na fraude do painel de votação do Senado”, o jornalista venceu, com outros colegas da revista, o Prêmio Esso de Jornalismo em 2001, então o principal da categoria. A reportagem transcrevi­a fita com uma conversa do então senador Antonio Carlos Magalhães – na época no antigo PFL da Bahia – que dizia conhecer a lista dos votos da cassação do senador Luiz Estevão. Após a grande repercussã­o do caso, ACM renunciou.

O jornalista era filho do advogado Mario Simas, especializ­ado em direitos humanos e que defendeu ativistas políticos durante a ditadura militar no Brasil. O tema direitos humanos costumava ser um assunto de atenção do filho no jornalismo.

Mario Simas Filho tratava do câncer há alguns anos. Ele estava internado no hospital Paulistano. Ele deixa mulher, três filhos e dois netos.

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