Heleno diz que quebrou quarentena ‘por engano’
Ministro diagnosticado com coronavírus esteve reunido com Bolsonaro, Mourão e ministros antes de ser alertado
Diagnosticado com o novo coronavírus, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, admitiu, em nota, que quebrou a quarentena antes da hora por “engano”. Uma semana após receber o resultado do teste, Heleno esteve em uma reunião no Palácio do Planalto ao lado do presidente Jair Bolsonaro, do vice, Hamilton Mourão, e de metade dos ministros da Esplanada.
Em nota, o ministro disse que, após participar do encontro, na última quarta-feira, por um período de três horas, foi alertado de que houve um engano e que ele deveria permanecer mais sete dias em isolamento domiciliar. Em fotos divulgadas pelo Planalto é possível ver que Heleno estava sem proteção e sentou ombro a ombro com colegas de ministério.
“O general Heleno, depois de sete dias de afastamento total, foi autorizado, por dois médicos, a comparecer ao Planalto para uma reunião ministerial. Dirigiu-se ao Palácio, sozinho, conduzindo seu próprio carro, e participou da reunião”, diz a nota divulgada ontem pela Secretaria Especial de Comunicação da Presidência (Secom).
“Alertado pelo serviço de Saúde de que houve um engano e que deveria permanecer mais sete dias em isolamento, retornou à sua residência, e, de lá, não mais saiu. Permanece, desde então, em regime de home office”, afirma o texto.
O ministro é um dos integrantes da comitiva brasileira que esteve em Miami, nos Estados Unidos, entre os dias 7 e 10 de março. Ao todo, 23 integrantes da comitiva presidencial e outros brasileiros que se encontraram durante a viagem se infectaram com o novo coronavírus – Bolsonaro já fez dois testes que, segundo ele, deram negativo.
Na última quinta-feira, um segurança da Presidência foi internado após contrair o coronavírus. Segundo o GSI, Ari Celso Rocha Lima de Barros, de 39 anos, não teve contato direto com Bolsonaro.