O Estado de S. Paulo

VOLKSWAGEN REGISTRA NOVO GOLF NO BRASIL

Oitava geração do hatch médio já foi registrada no INPI e deverá ter versão eletrifica­da no mercado brasileiro

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O Volkswagen Golf, um dos carros mais vendidos do mundo, já fez bastante sucesso no Brasil, mas, mesmo sendo um hatch médio, perdeu espaço para os SUVs compactos, assim como ocorreu em outros mercados. As versões foram minguando até restar a GTI – e depois a derradeira híbrida GTE em um pequeno lote de 100 unidades.

Agora, o modelo ressurge no País registrado no Instituto Nacional da Propriedad­e Industrial (Inpi) em oitava (e nova) geração. As fotos do registro deram uma nova esperança aos fãs do carro até que a VW jogou um balde de água fria no caso.

De acordo com informaçõe­s da marca, a vinda do carro não está confirmada. Segundo a VW, “o registro é um procedimen­to padrão para novos modelos em todo o mundo”.

Havia inclusive a expectativ­a de que o Golf VIII seria mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo, que foi cancelado. Esse conjunto de fatores indicaria o fim da história do Golf no Brasil. Mas não é bem assim.

A versão patenteada no Inpi é a básica, que de fato não será vendida no País. Mas teremos, sim, o Golf GTE por aqui.

Isso porque o modelo é visto pela cúpula da marca no Brasil como uma vitrine de tecnologia que servirá para consolidar a chegada de modelos elétricos como o ID.3. O novo carro deve estrear no País no ano que vem.

O atual Golf GTE híbrido chegou ao Brasil em lote único, em novembro de 2019 – um mês antes de sair de linha na Alemanha. Essa versão combina motor 1.4 TSI (turbo) a gasolina de 150 cv e outro elétrico de 102 cv.

Esse conjunto, gerenciado pelo câmbio automatiza­do de sete marchas, gera o equivalent­e a 204 cv de potência e 35,7 mkgf de torque. O Golf GTE pode acelerar de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos e chegar a 222 km/h.

O modelo é capaz de rodar até 50 km no modo 100% elétrico. Em uso combinado, a autonomia chega a 939 km. Todas as informaçõe­s técnicas foram divulgadas pela fabricante.

45 anos de encanto. Em 2019 a VW celebrou os 45 anos muito bem vividos do Golf. Nem todas as gerações desembarca­ram em solo brasileiro.

A primeira começou a ser feita na Alemanha no dia 29 de março de 1974. Como o Passat (de 1973) e o Scirocco, o Golf trazia motor transversa­l e tração dianteira. O desenho era assinado pelo premiado italiano Giorgetto Giugiaro.

Foram necessário­s apenas dois anos para o hatch superar a marca de 1 milhão de unidades vendidas. O feito foi obtido em outubro de 1976, ano de estreia da versão esportiva, GTI.

Antes da virada da década, a VW lançou o Golf Cabriolet, em 1979. O carro permaneceu por muito tempo como o conversíve­l mais vendido do mundo.

A terceira geração surgiu em agosto de 1991 e também foi a primeira a ser vendida no mercado brasileiro. No ano seguinte o Golf incorporou um importante avanço no quesito segurança: air bags frontais. Quatro anos depois vieram as bolsas de ar nas laterais.

Foi nessa geração do Golf que nasceu a versão VR6, com motor de seis cilindros em “V”. Outra novidade era o controlado­r de velocidade.

A quarta geração chegou em 1997, numa época em que a Volkswagen estava imprimindo novo design a seus veículos. Nessa fase, o Golf recebeu linhas mais simples e elegantes.

A sétima geração é a atual por aqui. Estreou em 2012, com redução de peso. Graças à adoção de aços de alta resistênci­a, o hatch ficou 100 kg mais leve. Isso melhorou consumo e desempenho. O modelo passou a ser produzido no Brasil em 2016.

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VOLKSWAGEN/DIVULGAÇÃO
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INPI/DIVULGAÇÃO Linhagem. Visual do novo Golf será adotado em outros VW

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