O Estado de S. Paulo

• Número de mortos chega a 800

Dos 800 óbitos, 655 tiveram investigaç­ão concluída, sendo a maioria de homens e de pessoas acima de 60 anos

- André Borges Julia Lindner / BRASÍLIA

Pelo 2º dia consecutiv­o, o País registrou recorde de mortes decorrente­s da covid-19. Em 24 horas, foram 133 óbitos. Índice de letalidade é de 5%.

Pelo segundo dia consecutiv­o, o Brasil registrou recorde de mortes decorrente­s do novo coronavíru­s. Em 24 horas, foram 133 óbitos. No total, ao menos 800 pessoas foram vítimas da doença no País. Com isso, o índice de letalidade chegou a 5%.

O número de casos confirmado­s de covid-19, por sua vez, passou de 13.717 para 15.917, conforme os dados oficiais do Ministério da Saúde. Foram 2.200 novos casos notificado­s nas últimas 24 horas. Há pessoas infectadas em todos os Estados brasileiro­s. Só Tocantins não registrou morte por covid-19 até este momento.

Das 800 mortes, 655 tiveram investigaç­ão concluída, sendo a maioria das vítimas homens. Em relação à faixa etária, 77% dos óbitos eram de pessoas acima de 60 anos. Segundo o Ministério da Saúde, 38 pessoas entre 20 e 39 anos morreram em decorrênci­a da covid-19.

A pasta registrou que 75% dos pacientes que morreram apresentav­am pelo menos um fator de risco (306 tinham cardiopati­a, 240 diabete e 55 sofriam de doença neurológic­a). Apenas 25% não apresentav­am comorbidad­es. Desses, 34% tinham menos de 60 anos.

Wanderson Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde, apresentou os dados e observou que o Brasil está em 14.º lugar em número de casos confirmado­s no mundo, em 12.º em mortes e em 8.º quanto à taxa de letalidade para a covid-19. Desde o começo do ano, o ministério relatou 34.905 hospitaliz­ações por síndrome respiratór­ia aguda grave. Mas, desde o primeiro caso do novo coronavíru­s no País, foram 31.451 internaçõe­s, das quais 11% foram por covid-19.

Em coletiva ontem, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reiterou a necessidad­e de isolamento social. Mas evitou falar em multas ou advertênci­as pelo seu descumprim­ento. “Não temos poder de polícia, não somos donos dos destinos das pessoas. Temos a obrigatori­edade, por missão, de dizer às pessoas (o que fazer ). Nós monitoramo­s, estamos colocando tudo que temos de melhor para que eles (Estados e municípios) tomem as melhores decisões com os números que eles tiverem, com base em disciplina, foco e ciência”, disse.

O ministro lembrou ainda os grupos antivacina, que vão contra as recomendaç­ões de imunização, mas agora já estariam vendo a necessidad­e de vacina para a covid-19.

Testes. O ministro falou que se preocupa ainda com as grandes cidades. “Muita atenção”, alertou. Segundo Mandetta, foram 17 dias para chegar aos cem primeiros casos da doença no País, depois mais sete dias para registrar mil casos e mais 14 dias para 10 mil. E ponderou ainda que os testes não estão sendo feitos em todas as pessoas.

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