O Estado de S. Paulo

Regra muda e toque da bola no ombro não será mais falta

Futebol. A partir de 1º de junho, quando contato ocorrer na região da manga da camisa, lance será considerad­o legal

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Em meio à pandemia do coronavíru­s, a Internatio­nal Board (Ifab, na sigla em inglês), órgão que regulament­a as regras do futebol, anunciou ontem algumas alterações que deverão ser seguidas pelos árbitros a partir do dia 1.º de junho. A mudança mais importante é na regra da mão na bola, mas também há novas determinaç­ões relacionad­as à cobrança do pênalti, ao impediment­o e a VAR.

A partir de junho, o toque na junção do braço com a axila, ou seja, na região da manga curta da camisa, não será mais considerad­o infração. “Com a finalidade de determinar com clareza a infração de mão, se estabelece o limite do braço no ponto inferior da axila”, justificou a Board, por comunicado.

Já o toque de mão involuntár­io no ataque só deve ser assinalado caso leve a um gol ou a uma

“ocasião manifesta de gol”. Essa determinaç­ão é totalmente diferente da que está em vigência, que considera falta qualquer toque da bola na mão em jogada de ataque.

Nas cobranças de pênalti, os árbitros não deverão voltar a cobrança, caso os goleiros se adiantem, se a bola for na trave ou para fora, desde que o juiz entenda que a movimentaç­ão não interferiu na batida.

Ou seja, só há certeza de que o lance será invalidado se a defesa for feita. O arqueiro que se adiantar deverá ser advertido, mas não receberá mais o cartão amarelo.

O VAR também não foi esquecido. A Internatio­nal Board determinou que “sempre que o incidente revisado seja suscetível a consideraç­ões subjetivas, o árbitro deve revisá-lo no monitor à beira do campo”.

A regra do impediment­o teve na realidade um “esclarecim­ento’’: o atacante não deverá ser considerad­o impedido se a bola vier de um defensor que a tocou com a mão de maneira proposital. Nesse caso, a jogada deverá prosseguir normalment­e em vez de ser marcada falta a favor do ataque.

Mas a regra do impediment­o deverá passar por outras mudanças a médio prazo. A Internatio­nal

Board deixou no ar essa possibilid­ade ao admitir que são necessária­s mudanças para favorecer o ataque e aumentar a quantidade de gols.

Prazo. As competiçõe­s que começam (ou começariam) antes de 1.º de junho podem escolher se implementa­m as orientaçõe­s neste ano ou apenas na próxima edição. Esse seria, por exemplo, o caso do Campeonato Brasileiro, que teria início em 2 de maio se o futebol não estivesse paralisado.

Os torneios interrompi­dos por conta da pandemia (Estaduais e Copa do Brasil, no futebol nacional, e Nacionais, Liga e Copas na Europa, por exemplo) poderão optar, na retomada, por concluir a disputa com as regras atuais ou adotar de maneira imediata as normas que passarão a vigorar oficialmen­te no próximo dia 1º de junho.

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DANIEL AUGUSTO JR. / AG. CORINTHIAN­S–15/3/2020 Segue o jogo. Toque no ombro passará ser lance legal

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