Campanha de Covas começa a ganhar forma
Acampanha de Bruno Covas (PSDB) à reeleição começa a ganhar forma. Ela terá o secretário particular de João Doria, Wilson Pedroso, como coordenador, uma escolha estratégica sob dois aspectos: 1)o gesto busca afastar rumores de que o governador e o prefeito andam distantes; 2) apesar de ser um aliado de primeira hora de Doria, “Wilsinho”, como ele é conhecido, também é próximo de Covas e navega bem por todas as correntes do PSDB-SP. Resolvida a questão do coordenador, ainda falta tirar da frente o vice. E é aí que mora o problema...
» Em busca... A moldura da foto do vice de Covas já está pronta: de preferência, tem de ser um nome técnico, de centro, ficha limpa, experiente, e que não cause problemas para o candidato dentro de seu amplo arco de alianças. Ainda falta encontrar o rosto ideal.
» ...de um rosto. O modelo ideal: alguém como Marco Maciel (que foi vice de FHC), resume um tucano.
» Pendendo. Como a pista da esquerda por ora está congestionada em São Paulo, admite-se na campanha de Covas alguém que seja de centro, mas com alguma inclinação à direita.
» Coisa... André Bolini, pré-candidato a vereador em São Paulo pelo Novo, vem recebendo ameaças, desde a quarta-feira, por ter se manifestado nas redes sociais contra o projeto de lei que tramita na Câmara e exige alvará de todos os motoqueiros que trabalham para os aplicativos.
» ...grave. Mensagens como “eu sei onde você mora’’ pipocaram no celular de Bolini. Na quarta-feira, os entregadores exigiram em manifestação melhores condições de trabalho. Dada a situação, Bolini foi às redes defender e reforçar suas opiniões, o que atraiu ainda mais ameaças. Ele informou o caso à polícia.
» Eita. Depois de anos bradando contra o Foro de São Paulo, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) agora diz que o Grupo de Puebla é o novo inimigo: “Fiquem atentos”.
» Funcionário do mês. A “genial” ideia de jogar Renato Feder no óleo quente antes mesmo de ele assumir a Educação criou nova regra no governo Bolsonaro: fritar antes, efetivar depois.
» Ação. Depois de um apelo de governadores para que a Saúde tomasse a frente na aquisição de medicamentos de UTI, a pasta comprou, nas últimas semanas, 682 mil unidades de remédios de intubação e distribuiu para 17 Estados.
» Ação 2. Desde o começo da pandemia, quando houve disputa entre governadores e Jair Bolsonaro, e três trocas na Saúde, cada gestor ficou jogado à própria sorte. Para interromper o ciclo, cobraram responsabilidade de Eduardo Pazuello.
» Planejamento. O ministro interino da Saúde, há mais de 50 dias no cargo, deve se encontrar nesta semana com representantes de laboratórios e distribuidores para falar de estoque.
» A ver. São grandes as expectativas de que o governo vete o artigo 20 do novo marco do saneamento: impede que contratos de limpeza urbana e gestão de resíduos sólidos sejam feitos por meio de concessão.
» A ver 2. A Abetre, ABLP, Abrelpe e Selurb (entidades de classe) alertaram as equipes de diversos ministérios de que, se o artigo for mantido, a livre concorrência será comprometida.
COM MARIANNA HOLANDA