Segurança digital se torna prioridade
Após a pandemia, área vai assumir protagonismo no cenário de reinvenção dos negócios de todos os tamanhos e setores
Em tempos de home office, implementar políticas de segurança para proteger informações fundamentais e sensíveis às empresas é ainda mais importante para o bom andamento das atividades diárias com o mínimo de impacto possível. Com milhões de pessoas trabalhando em casa e acessando ambientes corporativos a partir de redes domésticas, na mesma medida em que as responsabilidades dos gestores de segurança da informação se voltaram para medidas de proteção desse novo cenário, cresceram também os olhares criminosos para obter dados considerados preciosos em aplicação de golpes e fraudes usando os temas atuais como pano de fundo.
Envolver os times de colaboradores nas políticas de segurança, ao lado de uma gestão das informações com tecnologia e processos que evitem brechas, passa a ser fundamental, já que as pessoas, caso não sigamà risca as condutas de proteção, acabam se tornando as portas de entrada para o cibercrime. Assegurar essa proteção de forma cada vez melhor será necessidade máxima no pós-pandemia, num mundo onde o trabalho e as práticas digitais se consolidarão.
“Quando pensamos em segurança da informação, precisamos pensar em três pilares: pessoas, processos e tecnologia”, aponta Joaquim Campos, VP da IBMC loud & Cognitive Software da IBM Brasil. “A pandemia pegou diversas empresas de surpresa. Muitas não estavam preparadas para gerenciar o trabalho remoto, e seus funcionários não tinham um acamada básica dese gurança para acessar sistemas ou informações corporativas de forma segura”, afirma.
CRIMES VIRTUAIS
O ganho financeiro por meio do uso de informações obtidas de maneira fraudulenta é a motivação mais comum de ameaças que visam ambientes de nuvem, segundo dados do IBM Security Incident Response coletados desde 2019.
Para envolver as pessoas e abrir as portas para os ataques virtuais, os criminosos se servem de meios de engenharia social, utilizando palavras-chave e temas ligados às últimas notícias e preocupações. A pandemia é tema que aparece com frequência na lista dos golpes. “O time de pesquisa e inteligência IBM X-force vem detectando um aumento expressivo no número de sites fake para tratar o tema da covid-19”, explica Campos.
PREJUÍZOS FINANCEIROS
Nesta pandemia, dois setores – o de varejo e o bancário – acabaram se tornando atores chave para suportara movimentação da economia junto aos consumidores, e, exatamente por causa disso, aceleraram a transformação digital de modo a atender às demandas. Também por esse motivo, redobraram a atenção para prevenira açã odos cibercriminosos.
Campos revela dados que mostram quanto uma violação pode custar. “A IBM e o Instituto Ponemon lançam anualmente um estudo que analisa o custo de uma violação de dados. No Brasil, o vazamento no setor financeiro, por exemplo, custa US$ 2,5 milhões. O impacto financeiro de um vazamento vai desde os custos operacionais para contê-lo até os de notificação e perda de negócios. Já no varejo, o prejuízo também é grande: um vazamento custa, em média, US$ 800 mil.”
Um dos maiores desafios nessas empresa sé o tem pode contenção: são, em média, 361 dias para uma organização identificar e conter um ataque. “Por isso, são mais do que necessários o investimento em programas de governança, gerenciamento de riscos e conformidade, na manutenção da proteção clara na gestão de mobilidade; e principalmente o trabalho junto ao elo humano, com programas de conscientização, com um plano multidisciplinar de comunicação”, destaca Campos.
Quando pensamos em segurança da informação, precisamos pensar em três pilares: pessoas, processos e tecnologia” Joaquim Campos,
VP da IBM Cloud & Cognitive Software da IBM Brasil