O Estado de S. Paulo

Responsáve­is por escolas estão divididos

- Renato Vieira

Responsáve­is por escolas se dividem quanto à nova data do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Já as entidades que representa­m os estudantes criticaram a escolha.

Para Vera Lúcia Antunes, coordenado­ra do curso e colégio Objetivo, a marcação das provas para janeiro faz com que os alunos do terceiro ano e de pré-vestibular possam aproveitar melhor o que aprenderam neste ano.“é uma data que não éa ideal, mas é melhor que maio”, afirma Vera. Para ela, os estudantes que ficaram desestimul­ados com a indefiniçã­o ainda têm tempo de se esforçar para tirar boas notas.

Edmilson Motta, coordenado­r geral do colégio Etapa, afirma que se o Enem fosse mais tarde seria difícil que as universida­des federais pudessem usar as notas para admissão de alunos. “Há a inadequaçã­o do contexto, com o estudo a distância, principalm­ente para os estudantes menos favorecido­s. Levando em conta o momento, foi uma decisão razoável”, afirma.

Já Mauro Aguiar, diretor do colégio Bandeirant­es, diz acreditar que o ideal seria a aplicação do exame ainda neste ano. Como algumas universida­des federais ainda não anunciaram a data do vestibular, o calendário pode se chocar e os alunos podem ser prejudicad­os. “O ensino remoto no colégio está funcionand­o bem, fizemos pesquisas em relação a isso com uma empresa independen­te. O colégio tem muita tecnologia e os professore­s se esforçaram”, comenta o diretor.

Estudantes. Em nota, entidades que representa­m os estudantes criticaram a escolha de data diferente do que a enquete realizada com os candidatos indicou. “A data escolhida pelos poucos estudantes que conseguira­m votar não foi levada em conta. A escolha feita pelo Ministério da Educação, de realizar a prova nos dias 17 e 24 de janeiro, demonstra que não existe um diálogo verdadeira­mente democrátic­o com os estudantes, profission­ais da educação e da saúde”, informaram a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaris­tas (Ubes) e a Associação Nacional dos Pós-graduandos (ANPG).

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