O Estado de S. Paulo

XP aguarda BNDES para virar repassador de recurso

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OGrupo XP está expandindo sua atuação no crédito. Uma das investidas recentes foi o pedido de credenciam­ento, junto ao Banco Nacional de Desenvolvi­mento Econômico e Social (BNDES), para fazer parte da lista de instituiçõ­es repassador­as de recursos do banco de fomento. Em análise desde março, o processo de aprovação da XP ainda deve levar meses, seguindo os ritos geralmente longos do BNDES. A expectativ­a da XP era participar do grupo de bancos que tentam fazer os programas de crédito criados na pandemia chegar à ponta, ou seja, às empresas que não têm conseguido acessar os recursos. Sem essa alternativ­a, a XP criou outros mecanismos para aliviar seus clientes pessoas jurídicas e físicas, que sofreram com a paralisaçã­o econômica.

» De olho. Em março, o grupo criou uma linha de hedge corporativ­o, tipo de proteção a empresas contra variação cambial ou troca da taxa de juro de referência de obrigações. A XP não prestava esse serviço.

» Jato. A instituiçã­o lançou também o empréstimo express, voltado às pessoas físicas. Trata-se de uma linha de crédito tradiciona­l que tem como garantia os investimen­tos.

» De novo. As bandeiras de cartões Visa e Mastercard já submeteram pedido ao Banco Central para retomarem a solução de pagamentos do Whatsapp, do Facebook. Está nas mãos do órgão regulador a volta da funcionali­dade, que ficou apenas cerca de dez dias no ar. A Visa protocolou o pedido na segunda. Já a Mastercard fez isso na noite de terça.

» Histórico. Sob a justificat­iva de que era necessário avaliar riscos ao sistema, o BC suspendeu a solução. Para isso, mudou as regras do jogo, com a edição de uma nova circular. O Brasil foi o primeiro país escolhido pelo Whatsapp para estrear no mercado de meios de pagamentos.

» Otimismo. O presidente da Visa, Fernando Teles, espera rapidez do BC e vê a possibilid­ade de retorno positivo do regulador ainda em julho. Já o presidente da Mastercard, João Pedro Paro Neto, acha difícil falar em “tempo”, uma vez que se trata de um novo arranjo. Não vê, porém, demora na resposta.

» Suspense. O BC não sinalizou prazo, mas tem prometido “agilidade e rapidez”. Desde a suspensão, o Whatsapp tratou de se aproximar da autoridade e prometeu adesão ao sistema de pagamentos instantâne­os, o PIX. O regulador teme que o aplicativo concorra com a novidade. Procurado, o BC não comentou.

» Juro zero. Com investidor­es atrás de maior retorno e um número crescente de empresas em dificuldad­es, a Corporate Consulting, especializ­ada em reestrutur­ações, vai estrear no mercado de private equity (compra de participaç­ão em empresas). Em seu alvo, companhias em processo de reestrutur­ação.

» Base. O primeiro fundo, que nasce em sua subsidiári­a Corporate Finance, Investimen­tos e Participaç­ões, terá R$ 300 milhões para investir em empresas com potencial de recuperaçã­o. Sob o comando de Luís Alberto de Paiva, os aportes devem começar ainda neste ano. Startups também entrarão no radar.

» Black Friday. O Banco Inter registrou aumento de 12 vezes na média diária de vendas em seu marketplac­e, espécie de shopping virtual, na terça, primeiro dia do que chamou de “Inter Day”. Por meio de ofertas e cashback (devolução de recursos) extra em todas as compras, o app do Inter movimentou R$ 30 milhões em vendas, contra média diária de R$ 2,5 milhões de junho. Além disso, devolveram aos clientes R$ 2 milhões em cashback, em um dia.

» Tá valendo. O Inter dobrou o limite do cartão de crédito dos clientes. Em um dia, teve 50% mais downloads do app, no comparativ­o com junho e bateu 6 milhões de clientes. » Cheguei. Gigante em conectivid­ade de meios de pagamentos, a TNS (Transactio­n Network Services) inicia esta semana as operações no Brasil. Com escritório­s em 19 países e presença em mais de 60, a norteameri­cana comprou a brasileira Link Solutions, especializ­ada em internet das coisas, rastreamen­to e segurança, há um ano e meio. Após testar o mercado, passa agora a usar a marca TNS no Brasil, que servirá de base de expansão para a América Latina.

» Ponta de lança. A operação brasileira já conseguiu contratos no Peru, Argentina, Chile e México. Apesar de a marca Link deixar de existir, o fundador da empresa, Alexandro Araújo Silva, será o responsáve­l pela América Latina da TNS. Entre outras oportunida­des, a empresa está de olho no mercado de internet das coisas, que deve movimentar R$ 3,2 bilhões até 2021, segundo o Banco Interameri­cano de Desenvolvi­mento.

ALINE BRONZATI, FERNANDA GUIMARÃES, CYNTHIA DECLOEDT E CRISTIANE BARBIERI

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MATHEUS LOMBARDI/XP
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TOM BARRY/TNS-8/7/2020
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