O Estado de S. Paulo

‘Contato com o governo é institucio­nal’

- / P.C

Procurados pela reportagem, os empresário­s autorizado­s a produzir cloroquina no País afirmaram manter contato institucio­nal com o governo.

Carlos Sanchez, da EMS, disse por meio de sua assessoria, que a empresa tem mais de 55 anos de história, “já passou por muitos governos e busca sempre estabelece­r diálogo com todos eles”. “A empresa é a favor do Brasil, independen­temente de partidos políticos. Como a maioria dos brasileiro­s, quer um país mais próspero e mais justo, com oportunida­des para todos. A empresa tem feito a sua parte, gerando empregos, investindo em pesquisa e em aumento de capacidade fabril, ampliando o acesso a medicament­os e promovendo saúde à população”, disse a EMS.

Segundo a empresa, os encontros com o presidente Jair Bolsonaro foram promovidos pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), para discutir “questões econômicas e o novo cenário brasileiro diante da pandemia de coronavíru­s”.

A Apsen disse não apoiar ou financiar partido político e que o presidente da empresa, Renato Spallicci, não mantém relações pessoais com Bolsonaro. “A atuação da Apsen se dá no âmbito do governo federal, com o Ministério da Saúde, Ministério das Relações Exteriores e Anvisa. Esse contato atende todas as regras do setor e o cumpriment­o das leis do País”, diz nota enviada pela empresa.

Já a francesa Sanofi disse que tem como prioridade a segurança e o atendiment­o aos pacientes atualmente tratados sob as indicações aprovadas de “nosso medicament­o Plaquinol (hidroxiclo­roquina): doenças reumatológ­icas e dermatológ­icas crônicas, além de malária e lúpus”. “Continuamo­s totalmente comprometi­dos em garantir o fornecimen­to de hidroxiclo­roquina para essas indicações, com base em nossa demanda histórica”, disse a empresa, que não cita o uso da substância para combater o coronavíru­s. A empresa confirmou ao Esta

dão que Trump é acionista, mas não informa qual o porcentual que ele tem da empresa.

A assessoria do laboratóri­o Cristália informou que o dono da empresa, Ogari Pacheco, está hospitaliz­ado e que não poderia responder aos questionam­entos da reportagem.

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