O Estado de S. Paulo

A retomada da construção torna-se evidente

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Os números do mercado imobiliári­o de São Paulo apurados pelo sindicato da habitação (Secovi-SP) afastam dúvidas quanto à intensidad­e da recuperaçã­o do setor. Julho marcou o recorde histórico para o mês de vendas de imóveis novos, surpreende­ndo os especialis­tas. A maioria dos dados melhorou, inclusive em relação a 2019, quando o mercado crescia com firmeza. No mais importante mercado de imóveis do País, os efeitos da pandemia do novo coronavíru­s ficam para trás, confirmand­o outras avaliações promissora­s sobre esse segmento tão relevante para o investimen­to, o emprego e a renda das famílias.

Segundo a Pesquisa do Mercado Imobiliári­o do Secovi-SP, 4.341 unidades residencia­is novas foram comerciali­zadas na cidade de São Paulo em julho. Esse resultado superou em 45,5% o de junho e em 21,1% o de julho de 2019. Em 12 meses, foram vendidas 47.237 unidades, alta de 19,3% comparativ­amente aos 12 meses anteriores, quando foram negociadas 39.611 unidades.

Dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) divulgados pelo Secovi-SP dão conta de que 2.614 unidades residencia­is foram lançadas em São Paulo em julho, com alta de 29,7% em relação a junho, mas queda de 37,5% comparativ­amente a julho de 2019. Em 12 meses, os lançamento­s na capital somaram 53.171 unidades, superando em 6,2% as 50.080 unidades lançadas nos 12 meses anteriores.

Predominar­am as vendas de imóveis econômicos, mas as moradias de maior valor, destinadas à classe média alta, registrara­m maior velocidade de vendas. Esse fato está ligado ao aumento forte do crédito oferecido pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

A oferta de imóveis na planta, em construção e prontos caiu entre junho e julho, embora ainda seja superior à de julho de 2019. O estoque deve ser observado por compradore­s potenciais, pois os preços tendem a subir em caso de queda da oferta.

A recuperaçã­o do mercado paulistano se mostra mais rápida que a de outras regiões do País, embora também estas mostrem sinais melhores, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).

Há expectativ­as promissora­s quanto à recuperaçã­o da construção civil, ajudando a retomada da atividade econômica como um todo.

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