O Estado de S. Paulo

Nintendo Switch chega ao Brasil no dia 18, por R$ 3 mil

Lançamento marca retorno de videogames da japonesa ao País após cinco anos; nos EUA, preço é de US$ 299

- Bruno Capelas

Após cinco anos, a japonesa Nintendo vai voltar a vender seus videogames no Brasil: ontem, a empresa anunciou o lançamento no País do Nintendo Switch, seu console atual, no próximo dia 18. Inicialmen­te, o eletrônico poderá ser encontrado em lojas como Magazine Luiza, Submarino e Lojas Americanas por R$ 3 mil – nos EUA, o aparelho custa US$ 299.

É um retorno aguardado – desde janeiro de 2015, quando a Nintendo fechou sua operação local, os brasileiro­s dependiam de viagens ou do mercado cinza para ter acesso aos consoles da marca. Por enquanto, chegará ao Brasil apenas a versão principal do produto, que pode ser tanto ligado a uma TV ou jogado em qualquer lugar, como um videogame portátil. O aparelho será importado e tem certificaç­ão da Anatel.

“Somos uma empresa bem cuidadosa e gostamos de trabalhar passo a passo. É impossível ignorar o Brasil, o maior mercado de games na América Latina, mas gostamos de ter cuidado”, diz Bill van Zyll, diretor da japonesa na América Latina. Ele se refere à reaproxima­ção cautelosa que a japonesa fez com o Brasil nos últimos dois anos, após o lançamento do Switch: hoje, brasileiro­s podem comprar jogos digitais para o videogame e assinar o serviço digital Nintendo Switch Online, que permite partidas pela internet e dá acesso a uma biblioteca de títulos.

Por enquanto, segundo Zyll, não há previsão para que a empresa volte a atuar com jogos em formato físico no País – vendidos no exterior por US$ 60, eles podem ser achados aqui por mais de R$ 300. De acordo com o executivo, também não há previsão para que os jogos da japonesa comecem a ter tradução ou legendas em português. Mas, com o Switch sendo vendido oficialmen­te, a Nintendo também vai reforçar sua assistênci­a técnica no Brasil.

Zyll não nega que a questão cambial é um obstáculo para o Switch. “O equilíbrio para ter um preço acessível é sempre um desafio”. Outro problema é que o Switch vai bater de frente com dois videogames mais novos – o Playstatio­n 5 e o Xbox Series X, de Sony e Microsoft, respectiva­mente. Ainda sem previsão de preço ou data de lançamento no Brasil, os dois aparelhos devem ocupar os corações dos jogadores no fim do ano com suas novidades. Mas Zyll não se preocupa com a concorrênc­ia. “Há personagen­s que só nós temos, como Mario, Zelda e Pokémon” diz.

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