O Estado de S. Paulo

Venda de celular cai mais de 30% no 2º trimestre

Pandemia e flutuações do dólar levaram a um dos piores trimestres da história do setor no País, aponta consultori­a IDC

- BRUNO ROMANI

A combinação entre a pandemia de covid-19 e as flutuações do dólar teve resultado negativo para o mercado de celulares no Brasil. No segundo trimestre de 2020, as vendas do setor caíram 30,7% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamen­to da consultori­a IDC Brasil divulgado ontem. Segundo a firma, trata-se de uma das piores quedas já registrada­s no setor.

De acordo com a consultori­a, foram vendidos 9,6 milhões de dispositiv­os no período – 8,74 milhões de unidades foram comerciali­zadas em canais oficiais de venda e 885 mil no “mercado cinza”, que oferta produtos de origem duvidosa.

Entre os aparelhos vendidos por canais oficiais, 8,35 milhões foram smartphone­s e 391 mil foram celulares simples (feature phones, no jargão do setor). As duas categorias sofreram retrações: o tombo foi de 31,1% para os smartphone­s e 54% para os celulares. A venda de smartphone­s no mercado cinza foi a única que registrou alta: 8,3% (ou 790 mil aparelhos).

“No início do ano, o cenário era favorável, mas a pandemia afetou bastante o setor, que sofreu primeiro com a falta de componente­s da China e, depois, com o aumento de preços devido às flutuações cambiais”, disse, em nota, Renato Meireles, analista do IDC Brasil. “Com a reabertura de lojas físicas, a tendência é de diminuição dos índices de queda nas vendas.” /

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