O Estado de S. Paulo

NOVO CLASSE S É UM LUXO SÓ

Sedã de topo da Mercedes-benz chega à 7ª geração com novo visual, cinco telas e soluções como frenagem automática antes de rotatória

- Diogo de Oliveira / ESPECIAL PARA O JORNAL DO CARRO

O novo Classe S, sedã mais luxuoso da Mercedes-benz, acaba ser lançado e está ainda mais repleto de requinte e tecnologia. Sobretudo em relação às soluções eletrônica­s.

Um dos destaques desta sétima geraçãoé acentral multimídia com tela de 12,8 polegadas sensível ao toque, que permite comandar praticamen­te todos os sistemas de conveniênc­ia do carro. É ocas odos massageado­res dos bancos e doar-condiciona­do, por exemplo.

Com disposição vertical e separa dado quadro de instrument­os, atela substituiu 27 botões e pode ser comandada por voz por meio da assistente virtual MBUX. Além de “falar” 27 idiomas, o sistema é capaz de aprender até a pronúncia do usuário.

No quesito segurança, o novo Classe Sé o primeiro automóvel coma irbagst raseiros ques e deflagram a partir dos apoios de cabeça dos bancos da frente. Segundo a fabricante, essas bolsas infláveis são projetadas para proteger ocupantes de todos os biotipos, de bebês a adultos.

Ou trano vida deéa telemática aplicada aos sistemas de condução semi autônoma. O sedã reduza velocidade sozinho antes de curvas e rotatórias, por exemplo. Essa função utiliza dados do navegador GPS. Além disso, o sistema troca informaçõe­s com outros veículos, alertando sobre acidentes. Em casos extremos, os sistemas de segurança ativa preparam todo o veículo para o risco de impacto, de modo a mitigar os danos.

Ao todo o sedã de luxo tem cinco telas de alta definição. Três estão no banco traseiro, onde normalment­e viajam os donos desses carros. Abordo também chama a atenção o inovador sistema de luzes com 250 LEDS que formam um feixe contínuo na cabine e se comunica com os passageiro­s. O monitor de ponto cego, por exemplo, pode alterar acorde iluminação de um dos lados para alertar o motorista sobre a proximidad­e de outro veículo.

Outro item inovado ré o head-up display com realidade aumentada. O recurso projeta informaçõe­s tridimensi­onais no para-brisa, como os mapas do navegador GPS, facilitand­o a leitura dos dados pelo motorista e tornando a condução ainda mais interativa.

Sem modéstia. A Mercedesbe­nz define o novo Classe S como “a limusine de luxo mais ágil e centrada na experiênci­a do condutor já vista na categoria”. É bem provável que a afirmação seja verdadeira, já que o sedã evoluiu em todos os aspectos e apresenta agora um dos menores coeficient­es de arrasto aerodinâmi­co (Cx) da atualidade: apenas 0,22. Cortando mais facilmente o ar, há melhora tanto no desempenho quanto no consumo.

Isso é resultado direto da nova carroceria, que segundo informaçõe­s da marca alemã foi testada intensamen­te em túneis de vento. Entre as soluções, há maçanetas retráteis, que emergem das portas e depois se recolhem. É a mesma solução presente nos ingleses Range Rover Velar e Jaguar F-type.

A nova arquitetur­a ampliou as já generosas dimensões do Classe S. São 5,28 metros de compriment­o (3,3 cm a mais que o modelo anterior), 1,95 m de largura (acréscimo de 5 cm) e 3,22 m de entre-eixos (5 cm maior). A altura foi mantida em 1,50 metro. Apesar das dimensões, o motorista não terá dificuldad­e para manobrar, já que, a exemplo do que é oferecido pela concorrent­e Audi, o sedã da Mercedes-benz também esterça as rodas traseiras, que reduz o diâmetro de giro.

O desenho, que era um ponto muito criticado no modelo anterior, foi reformulad­o e finalmente distingue o modelo de topo de seus irmãos menores (Classes C e E). A dianteira mantém o padrão de elegância da marca, com faróis full-leds de aspecto tridimensi­onal. A mudança mais marcante está na parte traseira, que passou a ter lanternas horizontai­s, também com iluminação full-leds.

Na parte mecânica, inicialmen­te a Mercedes oferecerá o novo Classe S apenas com sistema híbrido leve. Batizado pela marca de EQ Boost, a tecnologia, que já equipa outros modelos, como o Classe C, inclui uma bateria de 48 V que armazena a energia gerada nas desacelera­ções e um motor elétrico que funciona como alternador. São 21 cv de potência e 25,4 mkgf de torque extras por alguns instantes nas aceleraçõe­s.

O EQ Boost virá nas duas configuraç­ões do sedã que serão vendidas no lançamento. A de entrada tem motor 3.0 de seis cilindros em linha com turbo, 435 cv de potência e 53 mkgf de torque. A de topo traz o V8 4.0 biturbo de 503 cv e 71,3 mkgf. O câmbio é sempre o automático 9G-tronic, de nove marchas. A tração é integral.

Uma versão híbrida plug-in, cujas baterias podem ser recarregad­a na tomada, deve chegar nos próximos meses. A autonomia no modo puramente elétrico será de cerca de 100 km.

O novo Classe S será vendido na Europa ainda neste ano. Com a forte recessão econômica causada pela covid-19, é possível que o sedã chegue ao Brasil somente no segundo semestre de 2021, trazido mediante encomenda. A versão mais cotada é a com entre-eixos alongado, como a que foi oferecida no País nos últimos anos.

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FOTOS: MERCEDES-BENZ/DIVULGAÇÃO Aerodinâmi­co. Sétima geração tem maçanetas embutidas, e tela central que permitiu que 27 botões fossem eliminados
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