O Estado de S. Paulo

GM E HONDA FAZEM PARCERIA TECNOLÓGIC­A

Objetivo é compartilh­ar plataforma­s de veículos, sistemas autônomos, de entretenim­ento, motores e conectivid­ade

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General Motors e Honda anunciaram uma aliança para compartilh­amento de plataforma­s de veículos e motores. Inicialmen­te o acordo será válido para a América do Norte e os trabalhos para viabilizar a parceria começam na virada do ano.

Essa não é a primeira vez que a dupla nipo-americana une esforços. Em abril, a Honda assinou um acordo para usar a plataforma de veículos elétricos da GM, a Ultium. Os dois primeiros carros eletrifica­dos da Honda com a nova base vão se aproveitar inclusive do Onstar, o assistente remoto da GM que, entre vários serviços, permite fazer reservas em restaurant­es e chamadas para serviços de emergência e traçar rotas. As duas já haviam trabalhado juntas também nas áreas de células a combustíve­l, baterias e tecnologia­s de direção autônoma.

A proposta da aliança é acelerar o desenvolvi­mento de produtos e, claro, reduzir custos. A parceria envolve também projetos conjuntos de motores a combustão e elétricos, além de sistemas autônomos de direção, entretenim­ento, conectivid­ade e comunicaçã­o.

A Honda tem forte presença nos EUA. A marca japonesa mantém 14 centros de pesquisa e desenvolvi­mento no país.

A parceria pode reforçar ainda mais a posição da empresa na América do Norte e, de certa forma, compensar a provável queda de participaç­ão na Europa. Com a saída do Reino Unido da União Europeia, uma das atividades mais afetadas na Grãbretanh­a foi a automotiva. Por isso, a Honda anunciou que no ano que vem deve fechar a fábrica que mantém por lá.

Na planta de Swindon, a marca produzia a família Civic – hatch, sedã e a versão esportiva Type R. Em 2021, a produção será transferid­a para o Japão.

A ideia inicial era mudar as linhas de montagem para os EUA, destino de quase 70% de tudo que foi feito na Inglaterra no ano passado. A Honda informou que apenas 11% da produção ficava no Reino Unido e outros 6% iam para o Japão.

Como Japão e União Europeia já têm um acordo de tarifas reduzidas, o novo local de produção não é um problema.

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MONTAGEM/REPRODUÇÃO União. Junção de forças possibilit­a redução de custos

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